terça-feira, 27 de outubro de 2009

Acompanhamento...

Hoje, a Cláudia teve consulta de ortopedia para acompanhamento dos dois sintomas já descritos anteriormente e que persistem:
Na anca, mais propriamente na cabeça do fémur. Consequência directa da utilização da terapêutica. Poderá ter que fazer cirurgia mais tarde, ou, seja, se for caso disso, quanto mais tarde melhor. Para já está estabilizada, terá que ser “vigiada”.
O outro problema é a coluna, tem algumas dores, mas não é aconselhável “mexer” para já. Se tiver alguma crise terá que falar com a sua médica que posteriormente falará com o ortopedista, ou então se for caso disso, urgência, onde terão acesso ao seu processo e medicarão conforme a queixa.

Como estávamos no hospital, resolvemos fazer uma “visita” à sua médica que estava na enfermaria, coincidência, a médica também queria falar com ela para alterar alguma terapêutica.
Reduziu o Micofenolato
Vai reiniciar Ciclosporina

Passou Declaração Médica Para Vacinação Com Vacina Pandémica
A Cláudia pertence ao grupo B para vacinação contra a infecção pelo vírus da gripe pandémica (H1N1) 2009.
Deverá entregar esta declaração ao seu médico de família que a requisitará para a Cláudia ser vacinada.

Dia 19 de Novembro fará análises e uma Tac Pulmonar.
Terá consulta com a sua médica dia 2 de Dezembro.

Vamos aguardar…

sábado, 24 de outubro de 2009

" A gaivota que tinha medo do mar" de Eugénia Ponte

Gena é nossa leitora e amiga, o dia 10 de Outubro foi um dia especial para a Gena, a apresentação do seu novo livro. Ficam aqui (algumas) das fotos da apresentação de "A Gaivota que tinha medo do mar":http://genaponte.webs.com/

A Gena tambem deixou aqui o seu relato a 26 de Agosto de 2008:
http://tonymadureira.blogspot.com/2008/08/relato-de-maria-eugnia.html

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Insecticidas podem estar associados a doenças auto-imunes

Uma nova investigação sugere que a exposição aos insecticidas domésticos, nomeadamente para baratas e mosquitos, está associada a doenças auto-imunes como a artrite reumatóide e o lúpus, avança o site Tribuna Médica Press.

Os autores, que apresentaram o estudo na reunião anual do Colégio Americano de Reumatologia, sublinham que, apesar de não terem encontrado uma relação directa de causa-efeito entre a exposição aos insecticidas e aquele tipo de doenças, os resultados sugerem a existência de uma ligação e são, por isso, preocupantes.

A investigação envolveu perto de 77 mil mulheres com idades entre os 50 e os 79 anos e permitiu verificar que as mulheres que utilizavam insecticidas em casa tinham um risco mais elevado de desenvolverem artrite reumatóide ou lúpus, comparativamente com as restantes participantes

Fonte:

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

XII Jornadas de Medicina Interna de Braga

As XII Jornadas de Medicina Interna de Braga vão decorrer nos dias 22, 23 e 24 de Outubro, no auditório do Hospital de São Marcos, em Braga.

O evento é organizado pela Associação de Apoio aos Serviços de Medicina Interna do Hospital de São Marcos e conta com o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e do Colégio da Especialidade de Medicina Interna da Ordem dos Médicos...

Perfume demais pode ser sinal de depressão

Para compensar perdas olfativas algumas mulheres exageram no uso de essências

Mulheres que se perfumam muito podem estar deprimidas, segundo pesquisadores da Universidade de Tel Aviv, em Israel. Estudando pacientes com depressão associada ao lúpus eritematoso sistêmico (uma doença autoimune), eles observaram o uso exagerado de perfumes como uma forma de compensar a perda auditiva.

Os cientistas acreditam ainda que o sistema imunológico pode estar envolvido nas causas de depressão. Eles identificaram um anticorpo produzido por pessoas com lúpus e outras doenças autoimunes que, além de prejudicar a percepção olfativa é capaz de induzir estados depressivos. O artigo publicado na revista Arthristis and Rheumatism...

7 Doenças mal diagnosticadas nas mulheres

... "Mais de 40% das mulheres diagnosticadas certamente com uma doença-auto imune séria recebem como resposta dos seus Doutores que elas se preocupam demais ou que são hipocondríacas", afirma Virgínia Ladd, fundadora e directora-executivada associação Americana de Doenças Autoi-Imunes...

As doenças auto-imunes que têm maior índice de incidência são: Síndrome de ováriospolicísticos, fibromialgia, síndrome da fadiga crônica, Lupus, esclerose múltipla, artrite reumatóidee síndrome do intestino irritável (gases, constipações, inchaço, diarréia e dor abdominal). Os tratamentos variam entre utilização de medicamentos, boa alimentação, prática de desportos e até hipnose e ioga...

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Relato de Gleizy Peixoto

Gleizy faz o seu relato, tem 29 anos, e vive em S. Paulo.

Olá, Toni! Conheci seu site e te dou meus parabéns por ele. Gostei muito de ler os depoimentos e também gostaria de participar com o meu.

Eu sou a Gleizy e vou completar trinta anos neste natal. Minha história com o Lúpus começou há onze anos, quando eu comecei a sentir dor e inchaço nas articulações, consultei alguns médicos e nada descobriram. Então começaram outros sintomas, feridas na boca e nariz, emagrecimento, palidez, fadiga, irritação extrema, síndrome de Renaud, labilidade emocional, emotividade extrema. Nessa época eu chorava praticamente todos os dias e cheguei a ficar três dias sem conseguir me mexer a ponto de minha mãe ter que me dar banho e me vestir. Até que um médico ficou preocupado com meu exame que acusou plaquetas de 25 mil, sendo o normal em torno de 200 mil. Então ele me encaminhou para a UNICAMP, onde, após alguns meses e muitos exames deram o diagnóstico. Durante esse período, quando fiz uma punção na coluna pra recolher o líquido e fiquei extremamente nervosa a ponto de passar mal, então no dia seguinte tive uma reação que foi interpretada como urticária devido ao nervoso, apareceram na minha perna muitas bolhinhas de água que coçavam insuportavelmente, foi uma verdadeira tortura. Bem, após o diagnóstico consultei um terapeuta natural, que me aconselhou a fazer tratamento alternativo ao invés de tomar corticóide, que, segundo ele iria me matar em pouco tempo. Hoje fico revoltada com essa pessoa, minha grande sorte é que não houve acometimento de nenhum órgão vital, pois cheguei a ficar quase um ano nesse tratamento, que me privava de quase tudo, só podia comer salada e arroz integral, tinha que fazer banho de assento duas vezes por dia e dormir com a barriga cheia de barro. Minha querida mãe, que tudo faz pra me ver bem, era quem estava comigo constantemente aplicando esse tratamento. Olha só a ingenuidade de quem não tem a noção da gravidade do problema e vai atráz de impostores, eu voltava à UNICAMP a cada dois meses e meus exames estavam sempre ruins, então eles aumentavam a dose de corticóide e eu dizia que estava tomando, tudo isso orientada por esse tal naturopata e com o apoio dos meus pais, afinal só tinha dezoito anos, nessa época eu chorava em todas as consultas, tinha o emocional muito abalado pela doença. Até que um dia, numa consulta, quando a médica me disse que os resultados não eram bons, resolvi contar a verdade, que não tinha tomado um comprimido sequer, a médica ficou perplexa e me disse, com muita autoridade, que eu tinha um problema muito sério e que eu poderia morrer a qualquer momento se uma veia do meu cérebro rompesse, que eu tava correndo risco de vida indo atráz desse tratamento. Eu tinha ido com meu ex-namorado e quando cheguei em casa e contei pra meus pais eles resolveram me levar até Curitiba pra ouvir a opinião de um outro naturopata, acreditam? Eles realmente não acreditavam que eu corria risco de morre! Chegando lá, graças a Deus, eu encontrei um anjo, que foi o Dr. Elias, que além de aconselhar a tomar a medicação, tratou a minha alma, pois conversou comigo por horas de um jeito todo especial que me fez enxergar que eu tinha que rever meus conceitos, rever meu namoro, e tudo que não estava me fazendo bem, me explicou que era muito importante tratar meu emocional pra ter sucesso no tratamento. Eu fiquei na clínica por vinte dias, e nos primeiros três dias já tive resultados satisfatórios pois iniciei a corticoiterapia, as plaquetas subiram a níveis normais e eu compreendi como realmente teria que encarar meu problema. Lá mesmo eu rompi o namoro, que só me punha pra baixo e posso dizer que saí de lá uma outra pessoa. Bom, passados alguns anos, sem sintomas, e com dose de manutenção de 5 mg de predinisona por dia, comecei a repetir infecção urinária, perdi as contas de quantas tratei e tomei todos os tipos de antibióticos. Antes de completar 26 anos tive uma dor muito forte que apareceu repentinamente e me levou ao hospital aos gritos, tinha febre muito alta e não conseguia andar, fui levada de cadeira de rodas ao chuveiro frio, mas a febre não cedia. Era 22 de dezembro e fui internada, eu inchei tanto que as enfermeiras achavam que eu era japonesa, tinha dores de cabeça horríveis, não conseguia nem me mexer. Então o médico disse que era uma pielonefrite, infecção nos rins causada pelas bactérias que subiram do canal urinário. Conclusão, passei meu aniversário e natal no hospital e não consegui nem ficar acordada na hora que meu noivo foi me ver, era um pouco antes da meia-noite. Passado esse episódio tive mais duas infecções de urina em dois meses, então me receitaram Macrodantina como tratamento profilático e tenho que tomar por tempo indeterminado todos os dias a fim de não ter infecção e um possível acometimento da função renal. Um ano depois os médicos resolveram que estava na hora de suspender o corticóide, que eu já tomava há oito anos, foi na época em que eu me casei. Então eu comecei com umas coisas estranhas, mas nem me passou pela cabeça que era atividade do lúpus, meu rosto encheu de espinhas, fiquei muito irritada, chorava a toa, tinha conflito emocional e crise existencial. Após oito meses, outro susto, acordei com as mãos inchadas e em poucas horas inchei até não entrar nas minhas roupas, era nefrite lúpica, o corticóide não poderia ter sido suspenso. Tive que tomar 60 mg, além de outros remédio que ao todo eram 17 doses por dia. Eu desinchei, mas, em quinze dias ganhei nove quilos a mais, tive câimbras a ponto de não conseguir andar e tive uma Herpes zoster, tudo causado pelas altas dozes de corticóide. Isso aconteceu em 2007. Hoje, graças a Deus, já há quatro meses que retornei a dose de 5 mg e recuperei meu peso normal, estou sem sintomas e continuo tomando a macrodantina. Tenho meu emprego, disposição pra trabalhar, a após todos esses anos aprendi a respeitar meus limite, quando sinto que estou cansada paro pra recuperar as energias, só depois continuo, esse aprendizado foi muito bom, pois antes eu continuava me esforçando até não aguentar mais e aí demorava muito pra passar aquela sensação de fadiga. Agora, gostaria de saber se vocês são pessoas introvertidas, emotivas, tímidas ou têm complexo de inferioridade ou baixa auto-estima, pois já ouvi teorias sobre a não aceitação própria ser a causa do corpo se voltar contra ele mesmo. Eu sempre tive um pouco de tudo isso, e gostaria de saber se essa teoria tem algum fundamento, por favor me ajudem a tirar essa dúvida. Em novembro completo três anos de casada e em dezembro, trinta anos de idade. Estou louca pra ser mãe e já conversei com meus médicos que já deram sinal verde, só falta convencer meu excelentíssimo marido, ele quer esperar mais uma ano... aliás quero dizer, também, que as pessoas que estão ao nosso lado são muito importantes pra nossa qualidade de vida, o meu marido é maravilhoso e eu agradeço todos os dias a Deus por ter me dado mais esse presente. Quero dizer a todos que superem a fase da não aceitação e sejam gratos pelas coisas boas que vocês têm, pois quando fitamos nas coisas boas, mais coisas boas recebemos e nos sentimos cada vez melhor. Desejo dias melhores a todos!

Gleizy

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Human Genome Sciences e GlaxoSmithKline Anunciam Apresentação Completa de Resultados Positivos do Ensaio Fase 3 sobre BENLYSTA para Lúpus Eritematoso

"BENLYSTA (belimumab) reduziu significativamente a atividade da doença LES, astaxas de manifestação dos sintomas e de fadiga; adiou a primeira manifestação dadoença; reduziu o uso de prednisona e melhorou a qualidade de vida nos aspectosrelacionados à doença no estudo BLISS-52. ROCKVILLE, Maryland e LONDRES--(Business Wire)--A Human Genome Sciences, Inc. (Nasdaq: HGSI) e a GlaxoSmithKline PLC (GSK)anunciaram hoje a apresentação completa dos resultados do BLISS-52, o primeirode dois ensaios clínicos Fase 3 do BENLYSTA (belimumab) em pacientessoropositivos com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Os dados, que serãoapresentados hoje na Filadélfia no 73rd Annual Scientific Meeting of theAmerican College of Rheumatology (ACR), demonstram que, no BLISS-52, o belimumabacrescentado aos procedimentos de tratamento padrão alcançou melhora clínica eestatisticamente significativa das taxas de resposta de pacientes mensuradaspelo Responder Index-LES na Semana 52, quando comparada com a administração deplacebo acompanhado dos procedimentos de tratamento padrão. Os resultados doestudo mostram também que belimumab foi geralmente bem tolerado, com taxas deeventos adversos equivalentes entre os grupos de tratamento com belimumab e complacebo..."

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Qual profissional devo procurar para saber se tenho Lúpus Discóide?

Ivanete Milanez Ribeiro pede a nossa ajuda, tem 33 anos, e vive Eunápolis, na Bahia.

Olá,

A pele do meu rosto está sempre irritada com manchas vermelhas. Eu não tenho sossego, elas desaparecem, mas logo retornam. Principalmente na região do nariz e bochechas. Não sei mais o que fazer. Até visitei por duas vezes o dermatologista, mas ele não deu nenhuma informação que pudesse saber a causa das indesejáveis manchas. Estive lendo muito a respeito dessa doença (lúpus) e pelas imagens que obtive na internet, comecei a acreditar que possa ter esse problema. Mas preciso passar por um especialista. Por favor me envie uma resposta, o mais breve possível.

Eu tenho 33 anos, moro na cidade de Eunápolis na Bahia. Desde 2003 aparecem essas manchas em meu rosto. Estava pesquisando sobre manchas vermelhas na face, e me deparei com a doença lúpus, daí cheguei até o Blog.
Li muita coisa sobre a doença, e pelas imagens que obtive na internet, percebi que eram muito parecidas com as manchas que saem em meu rosto. Realmente, tem um formato de borboleta. Acredito que possa ter um dos tipos de lúpus, o externo, no caso o discóide (os meus sintomas são só as manchas no rosto). Mas como já havia dito, preciso passar por um diagnóstico médico, por isso preciso saber quem devo procurar.

Desde já, agradeço a atenção.

Abraços

Ivanete Milanez Ribeiro

domingo, 18 de outubro de 2009

Diagnosticando a menopausa precoce

Mulheres com o problema apresentam uma chance inferior a 10% de conceber naturalmente.

... Existem ainda outros medicamentos que podem gerar a chamada menopausa química, que ocorre independentemente da idade da paciente. Um exemplo é o uso de um medicamento comumente indicado para casos de endometriose. Mulheres que estão em seu ciclo reprodutivo de vida e que sofrem com doenças auto-imunes, tais como lúpus e inflamações na tireóide (Tireoidite de Hashimoto) ou de problemas metabólicos como o diabetes, ou ainda infecções virais adquiridas, podem necessitar de medicações que acabam também por acelerar o processo da menopausa precoce. Ou seja, não é propriamente a doença que provoca a alteração e, sim, o efeito da utilização da medicação...

Centros de investigação portugueses em rede europeia contra cancro

Treze centros de investigação e empresas de biotecnologia do sudoeste europeu, incluindo três portugueses, uniram-se para criar uma rede europeia de imunoterapia para desenvolver novos medicamentos contra o cancro, doenças auto-imunes e doenças infecciosas, avança o site Tribuna Médica Press...

Doação de rim aumenta aliança entre irmãos

O transplante entre vivos é permitido no Brasil entre parentes de até 4°. E foi através da iniciativa da família, que Maxwell, hoje, tem outra vida. "Eu tinha insuficiência renal, decorrente do Lupus. Dei sorte dessa doença ter atingido apenas meus rins. Minha irmã mais velha me ofereceu o rim dela, mas não era compatível. Meus irmãos fizeram o exame de compatibilidade e o João deu 100%", lembra...

Síndrome do Túnel do Carpo

Pergunta: O que é síndrome do carpo? Tem cura?

Resposta: É uma compressão do nervo mediano na palma da mão. É mais comum em mulheres entre 40 e 60 anos, devido a fatores hormonais, ou em jovens, devido a movimentos repetitivos. Pode estar associada a doenças como a artrite, diabetes, gota, lúpus, doença renal e alcoolismo...

Fonte:
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2660962.xml&template=3898.dwt&edition=13169&section=1003

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Relato de Patricia Reis

Patricia Reis faz o seu relato, tem 37 anos, e vive em S.Paulo.
Oi Tony,
comecei a pesquisar na internet "gravidez e lúpus" e cheguei na sua página.
Escrevo de São Paulo, Brasil.
Minha história é uma grande indefinição. Fiquei grávida do meu único filho no final de dezembro de 2000 e tive uma gravidez muito difícil. Dores, cólicas, ameaças de aborto.
Quando entrei no 5o. mês, minha médica me colocou de repouso, parei de dirigir e praticamente só me levantava da cama para ir ao banheiro.
Também tomei muito remédio para segurar (Inibina e Dactil), até que na 36a semana meu filho nasceu, felizmente saudável e sem nenhuma complicação.
O fato é que após o parto dele, comecei a ter dores fortíssimas no corpo, ficar inchada, que na época trataram como depressão.
Só que tomei muito remédio, tirei férias, desestressei e nada dos sintomas passarem. Daí iniciei uma via sacra por muitos médicos e somente quando meu filho completou 2 anos é que recebi o diagnóstico de lúpus. Tomei muitos remédios (cloroquina, corticóides, antiinflamatórios) e a bem da verdade, me sentia pior com eles do que sem eles.
Tudo que tenho é um FAN positivo, que fica na casa do 1/640, as vezes aumenta, outras diminui, no padrão pontilhado fino e reagente no núcleo e placa metafásica.
Nesta minha procura por esclarecimentos, também recebi o diagnóstico de Sindrome de Sjorgren, pois perdi temporariamente a saliva, mas depois de uns 6 meses tomando pilocarpina manipulada, tudo voltou ao normal e este diagnóstico foi descartado...
Como queremos ter outro filho, procurei exaustivamente reumatologistas e obstetras até achar algum que clareasse essa questão. Por fim encontrei um reumato que tirou toda a medicação em dezembro passado e pediu que eu aguardasse uns 6 meses antes de tentar engravidar. E para minha surpresa, sem os remédios, continuo com os mesmos resultados, só o FAN positivo e todos os demais exames de rotina negativos.
Com o tempo aprendi a administrar bem as dores e pra ser sincera, as vezes nem lembro delas.
Resta a dúvida: tenho mesmo lúpus? Já me falaram que tenho doença auto-imune, mas se é lúpus, só o tempo dirá. Sendo assim, resolvi tentar engravidar agora, pois o que mais me desanimava era ver o tempo passando e nada resolvido, nem lúpus, nem filho, só dúvidas.
Tenho medo sim, de alguma complicação na gravidez, mas penso: quando fiquei grávida do meu filho nem sabia da existência desta doença e no final tudo deu certo.
Por isso resolvi escrever, para incentivar outras mulheres a não desistirem dos seus sonhos e acreditar que para tudo na vida há um jeito. Só não há solução para a morte.
Parabéns pelo blog!

Sei que tem muitas mulheres que não conseguem um diagnóstico preciso nesta doença assim como eu. Quando fiquei grávida provavelmente já tinha doença auto-imune, mas não sabia, pois só sentia sempre dores e cansaço, que na vida moderna confundimos com estresse.
E depois de tantos remédios, tantos médicos, ainda assim não tenho certeza se tenho isso, embora eu esteja 99% melhor agora.Parei de pensar na doença e comecei a me ocupar com outras coisas. Sou Consultora de Feng Shui, tenho 2 blogs (http://casaemharmonia.blogspot.com e um de baboseiras e blá blá blás, http://ideiasepatricices.blogspot.com ), que aliás, comecei por orientação médica, como uma válvula de escape para não ficar pensando na doença. E não é que deu certo? Só lembro do lúpus na hora do remédio e mais nada. Desencanei de vez e é por isso que me sinto agora no momento de engravidar de novo.
Obrigada.
Abraços.
Patricia

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Relato de Sónia Oliveira

Sónia Oliveira faz o seu relato, tem 31 anos, e vive em Abrantes.


Olá,
O meu nome é Sónia Oliveira, vivo em Abrantes e tenho Lúpus. Neste momento tenho 31 anos e tenho lúpus à 9 anos.

Gostava de deixar o meu testemunho no seu blog que acho fantástico.

"Em Novembro de 1999 comecei a ter dores nas articulações e a perder peso, pelo que resolvi consultar o meu médico de familia. Ele mandou-me fazer análises e o resultado foi que tinha anemia e acusou uma inflamação. Mandou-me posteriormente fazer uns RX's, mas como não apresentavam nada de anormal aconselhou-me a ir a um reumatologista.

Marquei uma consulta num reumatologista no Porto, pois nesta altura estava a estudar na Faculdade no Porto, quando na consulta depois de me examinar ele disse-me algo que nunca esqueci e passo a citar: "Nem tudo o que parece ser reumatismo é!!!...". Mandou-me fazer análises e disse que só depois de as ver é que me poderia dizer alguma coisa.

A verdade é que nunca cheguei a mostrar-lhas pois entretanto quando voltei ao Porto para iniciar um novo ano lectivo (Setembro de 2000) comecei a ter febre e aparecereu-me por todo o corpo manchas e na perna esquerda apareceu-me umas borbulhas estranhas, pelo que decidi ir às urgências do HGSA (Era uma segunda-feira).

Lá fizeram-me novamente análises, o médico que me examinou chamou uma colega de equipa para ver as minhas borbulhas estranhas e foram falar sobre o assunto para outro sitio sem nunca me dizerem nada. Quando finalmente me chamaram novamente e com o resultado das análises a médica me diz: "A Sónia tem lúpus e tem se ser internada".

Nesse momento parece que me tinha caido o tecto em cima pois nem sabia do que ela estava a falar (Lúpus!!!! O que é isso?). Ela pediu-me para ir fazer uma biópsia no dia seguinte às borbulhas que tinha na perna e seria internada na quarta-feira, mas não foi o que aconteceu pois não tinham vaga.

Nestes dias estive sempre com febre, não tinha vontade de comer e estive sempre de cama.

Finalmente na sexta-feira fui internada, fiz análises novamente e o resultado foi: "Uma infecção muito grave no sangue (que nunca souberam de que era derivada), uma anemia grave (levei duas transfusões de sangue), e mais tarde fiz uma biópsia aos rins onde o resultado foi "nefrite lúpica". Estive 3 semanas internada e no dia em que tive alta comecei a fazer o tratamento com ciclofosfamida.

Ao início tomava grandes doses de cortisona, imuran, que foram diminuindo gradualmente, cálcio+vitamina D e talvez outros medicamentos que não me lembro agora.

Os meus pais pediram-me para parar de estudar pelo menos um ano mas eu não quis, pois se ficasse em casa sem fazer nada ia ser pior. Nesta altura tinha 22 anos, e posso dizer que ao inicio foi dificil aceitar tudo o que estava a acontecer mas decidi que não ia baixar os braços e ver uma doença tomar conta da minha vida. Viver um dia de cada vez passou a ser o meu lema.

Aos 26 anos tive um filho (a melhor coisa que tenho) e na altura estava a tomar apenas imuran. A minha médica não queria que tivesse o bébé pois era muito perigoso e é claro que compreendi, mas o obstetra disse que já tinha tido muitas doentes a tomar esta medicação e não tiveram problemas, e assumia toda a responsabilidade. Não houve problema com o bébé, o único senão foi com o meu figado ao qual fiz uma biópsia para saber o que era mas não obtiveram resultados por falta de amostra recolhida do figado (impressionante como pode isto acontecer).

A minha médica diz que tanto pode ser uma hepatite auto-imune como uma cirrose biliar primária, mas não tem certezas e não me quer sacrificar com outra biópsia. Neste momento estou a tomar Ursofalk e os valores das análises estão quase normais. Tenho também uma ligeira diminuição da massa óssea (o que é normal em quem já tomou grandes quantidades de cortisona) e estou a tomar Actonel.

Neste momento tenho dúvidas em como será o futuro e como é que vai ser o amanhã.

Embora viva em Abrantes não deixei de ir ao Porto fazer exames médicos e ir às consultas no HGSA, pois tenho uma médica fantástica e bastante profissional.

Peço desculpa pelo testamento, mas gostava que conhecessem a minha história.

Nota: Nestas situações conta muito o local onde estamos e os médicos que nos examinam. Se por acaso não estivesse no Porto naquele dia, hoje não estava aqui a escrever esta história que algumas pessoas vão ler.
Só me apercebi do estado muito grave em que estava, quando a minha médica me disse que se não tivesse sido internada naquele dia tinha morrido.


Obrigada pela atenção,

Sónia Oliveira

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Problema pode aumentar a perda de massa óssea em crianças e adolescentes,

… Professor de pediatria da Universidade de Brasília, explica como o excesso de peso prejudica a saúde dos jovens. “A obesidade consiste num processo de inflamação do tecido adiposo. Em grandes quantidades, como é o caso atual das crianças e adolescentes brasileiros, compromete a aquisição de massa óssea”.

Além da obesidade, outras doenças adquiridas na infância também atrapalham o desenvolvimento ósseo. As principais são a diabetes tipo 1, atrite, Lupus e doenças inflamatórias intestinais. As quatro enfermidades têm algo em comum: diminuem os níveis de vitamina D…


Fonte:
http://www.jornalahoraonline.com.br/cidade/integra.php?id=8729

sábado, 3 de outubro de 2009

Solidariedade

Do nosso leitor, António Vieira, recebemos o seguinte e-mail, que tomo a liberdade de o transcrever para post:

Vi o vosso blogue, que achei muito esclarecedor, parabéns.
Estou a enviar este e-mail também na esperança de obter mais informações que possam me ajudar.
A minha mãe tem lúpus, com graves complicações nos olhos, esta com uma infecção já há 3 meses, e a evolução não esta a ser positiva.
Está a ser assistida nos Covões - Coimbra, mas o desespero talvez, ou a necessidade de achar soluções, leva-me a tentar saber se há algum especialista nestes casos concretos que a possa consultar.
Dado ver que no vosso blogue há quem conheça muito bem estas doenças, acredito que alguém me possa dar tal informação.

Obrigado pela atenção.

Cumprimentos
António Vieira