quinta-feira, 23 de julho de 2009

Gripe A - A importância de um diagnóstico precoce para portadores de doenças auto-imunes.

... Depois do diagnóstico precoce, o acesso rápido ao serviço de saúde é a chave para que a doença não se agrave. Quanto mais cedo a presença do vírus no organismo for detectada, maiores as chances da doença seguir o curso da gripe comum.

O diagnóstico precoce depende da sensibilidade do profissional da saúde. Segundo Janete, a orientação repassada aos postos de saúde é que se houver paciente suspeito, ele seja levado ao Hospital Municipal. “Em duas horas as amostras são coletadas para exames.”

A doença atinge o nível de gravidade quando o paciente infectado tem baixa imunidade. Quando uma pessoa é infectada, dentro do organismo inicia-se uma briga entre o H1N1 e o sistema imunológico, que vai tentar ao máximo vencer a disputa. Se o sistema está comprometido, ele perde a batalha e abre-se uma porta para o vírus se instalar.

A doença está mais sujeita a evoluir de forma grave em doentes pulmonares e renais crônicos, cardíacos, diabéticos, além dos transplantados e portadores de doenças autoimunes, como artrite reumatóide e Lúpus.

1 comentário:

Carlos Madureira disse...

Nas últimas 24 horas confirmaram-se, em investigação laboratorial, catorze casos de infecção pelo vírus da Gripe A (H1N1), em Portugal.
Em Lisboa, no Hospital Curry Cabral, está a ser assistido um homem de 19 anos, após passagem por Palma de Maiorca.

No Hospital Dona Estefânia estão a ser seguidos três casos: uma menina de 12 anos vinda de Palma de Maiorca, uma menina de 9 anos regressada de Londres e uma menina de 6 anos, após passagem por Espanha.

No Centro Hospitalar do Funchal, na Madeira, foi referenciado um homem de 20 anos, procedente de Londres.

Desde o início de Maio, verificou-se, em Portugal, um total cumulativo de 232 casos confirmados de Gripe A (H1N1). Estas pessoas têm vindo a retomar a sua vida diária, com normalidade.

O Ministério da Saúde relembra que é fundamental a participação activa por parte dos cidadãos, e dos próprios profissionais de saúde, no sentido de comunicarem às autoridades qualquer contacto próximo com alguém infectado pelo vírus da Gripe A (H1N1). Só com a colaboração de todos é possível garantir a eficácia das medidas tomadas.

O surgimento de casos de transmissão secundária e o aumento de casos importados eram previsíveis pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há, por isso, qualquer razão para alarme, mas sim para uma atenção redobrada.

São actualmente considerados locais de referência para a Gripe A (H1N1) os Hospitais Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, os Hospitais de São João e de Santo António, no Porto, os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital de Vila Real, o Pediátrico de Coimbra e o Hospital de Faro. Mantém-se como objectivo principal a imediata localização e contenção dos casos.

O Ministério recomenda também a toda a comunidade – famílias, escolas, empresas, etc. – que colabore, adoptando comportamentos que dificultem a transmissão do vírus.

Além da identificação, isolamento e tratamento dos casos, o Ministério da Saúde, através da Direcção-Geral da Saúde, em colaboração com a Escola Nacional de Saúde Pública e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, está, há dois meses, a analisar essa resposta social à transmissão, reportando-a periodicamente, para que os comportamentos da comunidade se adaptem à situação epidemiológica.

O Ministério da Saúde alerta, mais uma vez, os cidadãos para, em caso de sintomas de gripe, independentemente de terem viajado para fora do país, contactarem de imediato a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguirem as indicações que lhes são dadas. Esta deve ser a primeira medida a tomar antes de se dirigirem a um serviço de saúde.

O contacto com a Linha de Saúde 24 permite, perante os sintomas descritos e informações prestadas pelo utente, reconhecer se se trata de uma suspeita de Gripe A.

Isto evita o incómodo de uma ida desnecessária a um serviço de saúde.

Em caso de suspeita de infecção pelo vírus da Gripe A, o contacto inicial com a Linha de Saúde 24 garante ao utente o transporte imediato para um dos oito hospitais de referência, em condições que salvaguardam a sua saúde e a das pessoas que com ele contactam, diminuindo o risco de contágio da infecção.


O Ministério da Saúde reforça ainda, entre outras recomendações, a importância da lavagem frequente das mãos, da protecção da boca e do nariz ao tossir ou espirrar, sempre que possível com lenços de papel que não devem ser reutilizados, para evitar a rápida propagação do vírus.

O Ministério da Saúde faz, diariamente, o ponto de situação da evolução da infecção da Gripe A no seu site (http://www.portaldasaude.pt/). A mesma informação pode também ser consultada no Microsite da Gripe, no site da Direcção‐Geral da Saúde (http://www.dgs.pt).