“O que fazem os pais para protegerem os seus filhos dos temíveis micróbios?
Há uns que proíbem os familiares de beijarem os recém-nascidos. Outros esterilizam as chuchas e os biberões mesmo quando as crianças já gatinham pela casa. Há pais que contratam uma empregada que passa os dias em casa com o menino - aos dois anos algumas raramente contactam com outras crianças mas nunca ficam doentes. Para a escola só vão quando estiverem mais fortes, com quatro anos.
Há uma preocupação grande que em certa medida pode ser positiva mas que, muitas vezes, é exagerada e até canalizada para coisas que pouco interessam. Lavar as mãos é essencial, mas não é preciso andar sempre com toalhitas atrás. Há uma confusão entre lixo, poluição, sujidade. Rebolar-se na relva, brincar com a terra não é perigoso e até desenvolve anticorpos e defesas. Claro que se tiver detritos, pesticidas ou cocó de cão, é diferente. Mas limitar a actividade das crianças para não se sujarem é contraproducente. A sujidade... suja. As infecções vêm das pessoas e dos animais.
O pior é que, ao tentarmos proteger as crianças, podemos estar a provocar-lhes mais problemas: estudos demonstram que as crianças que, nos primeiros anos de vida, não estão expostos a infecções têm mais probabilidades de, mais tarde, desenvolver doenças alérgicas. O que poderia explicar, em parte, o aumento da incidência de doenças como a asma alérgica ou a rinite alérgica.
Está provado que as alergias e as doenças auto-imunes acontecem porque há uma falha qualquer no sistema imunológico. E que sempre que o organismo é atacado por uma bactéria, o sistema imunológico fica mais forte. Por isso, uma infecção de vez em quando, com uma doença como uma constipação ou uma gastroenterite, serve para espicaçar o sistema imunológico e mantê-lo alerta. Se o sistema imunológico não tem nada que fazer, nenhuma infecção para combater, os anticorpos começam a virar-se contra o próprio corpo.
Por outro lado, sabe-se que o sistema imunológico só está maduro quando as crianças têm três anos, até lá está "a aprender". O plano de vacinações se concentra sobretudo nesta etapa. É também por isso que esta é a fase em que as crianças "estão sempre doentes". À medida que vai contactando com alguns vírus o organismo vai criando defesas e vai ficando mais forte. Se isso não acontece nesta fase vai acontecer mais tarde. A protecção exagerada dos pais acaba por ser apenas um adiamento e que pode ter consequências bem mais graves do que uma simples dor de barriga.”
3 comentários:
Eu como mãe não me considero mt galinha, deixo a minha filha brincar e nunca fui mt de não sair p a rua ou não apanhar sol ou frio, etc. Smp fiz tudo c a bia, mas tenho noção k por vezes fazemos coisas k pensamos serem o melhor p os nossos filhos e no fundo tamos a agir mal!! Mas de uma maneira ou de outra isso vai acontecer smp...
Bjs
Passei só para desejar um bom Domingo.
Um beijinho para vocês
Marina
Olá Sandra,
Eu sou um pouco mãe galinha,talvez porque a minha filha Rita em pequena teve bastantes problemas com bronquites e alergias, mas com a mais nova já tento libertá-la mais. No quintal da minha Mae e mesmo em casa de outras pessoas, anda junto dos animais, mexe nos bichinhos, faz festas aos cães e gatos, anda descalça nos campos, enfim tem feito e faz coisas que a mais velha não fazia com a idade dela.
Mas verdade é só uma temos que as deixar andar mais à "Solta " para criarem mais imunidades.
Beijinho
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