O lúpus é uma doença crónica que desafia definições fáceis. Pode passar um bom tempo até se obter um diagnóstico. As dificuldades do diagnóstico aliadas à séria natureza crónica da doença, expõem o paciente, sua família e sua equipa médica a muitos desafios. Para pacientes com lúpus, os aspectos psicológicos podem ter um importante papel ao se viver com a doença.
Os profissionais de saúde precisam estar preparados para esses aspectos para poderem cuidar muito bem de pessoas com lúpus. Pelo facto do lúpus ser uma doença crónica com períodos de crises e remissões, qualquer aceleração da doença pode levantar novas questões para o paciente ter que lidar. Existem as preocupações típicas levantadas por pessoas que enfrentam o lúpus e por seus familiares. Todas essas preocupações são oportunidades para enfermeiros e médicos fornecerem orientação e ajudar as pessoas a explorarem seus sentimentos e resolver problemas.
Procura de um Diagnóstico
Pode levar um certo tempo até que uma pessoa seja definitivamente diagnosticada com lúpus. Durante esse período, o paciente pode ser confundido ou frustrado pela aparente incapacidade dos médicos que ele consulta para confirmar o diagnóstico. Ele pode perguntar, "Porque os médicos não sabem?". Parte das dificuldades, para o médico e para o paciente, reside no facto do diagnóstico parecer estar-se a esconder numa floresta de sintomas confusos, vagos e em constante mudança. O paciente pode expressar alguns sentimentos ou frustrações.
Antes que o diagnóstico seja confirmado, muitas das necessidades primárias do paciente são de ordem emocional. O paciente com lúpus terá, com grande probabilidade, lidado intimamente por um longo tempo com seus sintomas antes que conheça suas causas. Realisticamente, ele/ela é a melhor autoridade nesses sintomas. Um paciente pode se sentir frustrado se, após descrever o que está a sentir, os outros não respeitarem os seus conhecimentos ou não compartilharem a convicção de que algo está errado. Se o médico, a família, ou os amigos, não dão apoio, o medo, raiva e o sentimento de isolamento do paciente só irão aumentar. Esses sentimentos aumentam o stress que, por sua vez, pode acelerar a doença.
Os profissionais de saúde podem ajudar a amenizar esses sentimentos ao sentir empatia durante esse período difícil, e ao reafirmar ao paciente que os sintomas são reais e merecem atenção especial. E mais, tratar o paciente como uma pessoa completa, e não apenas como uma matéria com uma doença, pode ter um imenso valor para estabelecer um relacionamento verdadeiro com ele. Tal relacionamento irá ajudar o paciente a falar abertamente sobre os sintomas ou preocupações que, de outra forma, ele teria receio em discutir.
Após o Diagnóstico
Os pacientes irão certamente experimentar uma sensação de alívio uma vez que sua condição passa a receber um nome e uma identidade tangível. Ao mesmo tempo, outras emoções – raiva, medo, depressão, confusão, pesar – também podem aparecer.
Após o diagnóstico, alguns pacientes vão ter um desejo insaciável por informações sobre a doença; outros podem precisar trabalhar essas intensas emoções antes de poderem agarrar a doença e começar a lidar com ela de forma produtiva. O relacionamento que o profissional de saúde tiver estabelecido com o paciente pode ser usado agora para fornecer-lhe informação, consolo, e uma atmosfera aceitável onde possa se ajustar emocionalmente. Esse relacionamento, baseado em harmonia, pode ser a base para esperança.
Viver com Lúpus: Pontos Chaves
Todos os dias, o paciente com lúpus confronta uma série de questões, desde reacções emocionais de um marido/esposa, filhos ou colegas de trabalho, ou seu próprio estado físico e emocional abalados. O profissional de saúde atencioso e solidário pode contribuir bastante, ao ajudar o paciente a encarar essas questões objectivamente, ao fazê-lo entender que esses problemas vão surgir de tempos em tempos, e ao auxiliá-lo a desenvolver formas efectivas de lidar com eles.
Questões Familiares
Uma das mais importantes questões de cunho emocional que os pacientes com lúpus irão enfrentar, é a reacção constantemente em mudança daqueles próximos a ele: pais, companheiro/a, ou filhos. Entender a dinâmica da família pode ajudar o profissional de saúde a trabalhar para desenvolver estratégias eficientes para lidar com a doença.
2 comentários:
muito mal mesmo
um dia vc ta bem o outra ta pessima passo muita raiva com a familia do meu marido isso acaba comigo meus nervo fica pulando
Enviar um comentário