Ilda tem 32 anos, e faz o seu relato num comentário do relato da Susana Cerqueira.
Tomei a liberdade de o trazer para um post. Espero que a Ilda não se importe...
Olá sou a Ilda tenho 32 anos e foi-me diagnosticado LES há 12 anos, e a minha luta foi um pouco mais demorada mas não menos ou mais dificil. Comecei com dores nas articulações e deformações nas mesmas aos 8 anos, queixava-me mas primeiro os médicos diziam que eram apenas dores de crescimento, depois passou para reumático nunca chegando a conclusão alguma. A minha mãe muitas das vezes achou que era apenas “manha” de adolescente para não ter que arrumar o quarto ou ajuda-la, ninguém acreditava que me era quase impossível vestir sozinha, comer, andar ou simplesmente levantar um braço. Para além de não saber o que se passava comigo ainda tinha que convencer as pessoas que não estava a fingir. Foi difícil, muito difícil, até que comecei a perder muito peso, cheguei aos 49kg sem justificação. Numa consulta de rotina na minha Ginecologista, com a Dra. Lúcia Bragança a minha actual médica de família, ela descobriu que eu tinha uma ferida enorme no útero e após um pequeno questionário ela decidiu ir “roubar” a minha ficha médica à minha médica de família, leu e releu todos os meus sintomas e já desconfiando do diagnóstico encaminhou-me para o Hospital Egas Moniz onde me foi finalmente diagnosticado LUPUS… Chorei muito, revoltei-me, não aceitei, não acreditei e andei entregue à doença durante alguns meses. O meu maior sonho sempre foi ser Mãe e disseram-me logo que seria sempre um risco, possível, mas um risco e uma gravidez muito acompanhada. Comecei a tomar corticoides e engordei quase 20 kg, não queria acreditar no que me estava a acontecer. Decidi por mãos à obra e começar eu a tomar conta da doença e não o contrário. Comecei a viver a vida de uma forma muito mais tranquila e simplesmente aceitei que de 3 em 3 meses na melhor das hipoteses teria que fazer análises e ir a uma consulta.
Tentei engravidar e por duas vezes abortei… Sem dúvida dos piores momentos da minha vida, comecei a pensar que nunca iria conseguir e então deixei de pensar no assunto, e no mês seguinte ao meu casamento engravidei. Não foi planeada, estava a tomar a pílula mas aconteceu, aconteceu o meu pequeno Milagre. Fui acompanhada na Maternidade Alfredo da Costa pela maravilhosa Dra. Fátima Serrano, e a Beatriz nasceu uma menina saudável passados 9 meses. Foi complidado, custaram a passar os 5 meses quieta em casa, as 26h de trabalho de parto, a cesariana de urgência… Mas passou e eu sobrevivi e a verdade é que desde que a Beatriz nasceu que os resultados das minhas análises nunca estiveram tão bem.
Aprendi a viver com o Lupus, não como uma doença, mas como um fiel companheiro que nunca me irá abandonar, mas que se eu souber viver bem com ele e levar uma vida tranquila, tudo é mais fácil, mesmo com as pequenas partidas que ele me tem vindo a pregar. Mas a verdade é que me ensinou o que realmente é importante nesta vida e tornou-me numa pessoa muito melhor.
Claro que nunca conseguiria sem o apoio da minha família toda, todos me ajudaram, mas a verdade é que se não fosse ter a minha Mãe ao meu lado não sei se tinha conseguido chegar até aqui. Obrigada Mãe.
A todos um beijinho com muita força.
Tomei a liberdade de o trazer para um post. Espero que a Ilda não se importe...
Olá sou a Ilda tenho 32 anos e foi-me diagnosticado LES há 12 anos, e a minha luta foi um pouco mais demorada mas não menos ou mais dificil. Comecei com dores nas articulações e deformações nas mesmas aos 8 anos, queixava-me mas primeiro os médicos diziam que eram apenas dores de crescimento, depois passou para reumático nunca chegando a conclusão alguma. A minha mãe muitas das vezes achou que era apenas “manha” de adolescente para não ter que arrumar o quarto ou ajuda-la, ninguém acreditava que me era quase impossível vestir sozinha, comer, andar ou simplesmente levantar um braço. Para além de não saber o que se passava comigo ainda tinha que convencer as pessoas que não estava a fingir. Foi difícil, muito difícil, até que comecei a perder muito peso, cheguei aos 49kg sem justificação. Numa consulta de rotina na minha Ginecologista, com a Dra. Lúcia Bragança a minha actual médica de família, ela descobriu que eu tinha uma ferida enorme no útero e após um pequeno questionário ela decidiu ir “roubar” a minha ficha médica à minha médica de família, leu e releu todos os meus sintomas e já desconfiando do diagnóstico encaminhou-me para o Hospital Egas Moniz onde me foi finalmente diagnosticado LUPUS… Chorei muito, revoltei-me, não aceitei, não acreditei e andei entregue à doença durante alguns meses. O meu maior sonho sempre foi ser Mãe e disseram-me logo que seria sempre um risco, possível, mas um risco e uma gravidez muito acompanhada. Comecei a tomar corticoides e engordei quase 20 kg, não queria acreditar no que me estava a acontecer. Decidi por mãos à obra e começar eu a tomar conta da doença e não o contrário. Comecei a viver a vida de uma forma muito mais tranquila e simplesmente aceitei que de 3 em 3 meses na melhor das hipoteses teria que fazer análises e ir a uma consulta.
Tentei engravidar e por duas vezes abortei… Sem dúvida dos piores momentos da minha vida, comecei a pensar que nunca iria conseguir e então deixei de pensar no assunto, e no mês seguinte ao meu casamento engravidei. Não foi planeada, estava a tomar a pílula mas aconteceu, aconteceu o meu pequeno Milagre. Fui acompanhada na Maternidade Alfredo da Costa pela maravilhosa Dra. Fátima Serrano, e a Beatriz nasceu uma menina saudável passados 9 meses. Foi complidado, custaram a passar os 5 meses quieta em casa, as 26h de trabalho de parto, a cesariana de urgência… Mas passou e eu sobrevivi e a verdade é que desde que a Beatriz nasceu que os resultados das minhas análises nunca estiveram tão bem.
Aprendi a viver com o Lupus, não como uma doença, mas como um fiel companheiro que nunca me irá abandonar, mas que se eu souber viver bem com ele e levar uma vida tranquila, tudo é mais fácil, mesmo com as pequenas partidas que ele me tem vindo a pregar. Mas a verdade é que me ensinou o que realmente é importante nesta vida e tornou-me numa pessoa muito melhor.
Claro que nunca conseguiria sem o apoio da minha família toda, todos me ajudaram, mas a verdade é que se não fosse ter a minha Mãe ao meu lado não sei se tinha conseguido chegar até aqui. Obrigada Mãe.
A todos um beijinho com muita força.
10 comentários:
Tenho todo o gosto em partilhar
Minha LINDA AMIGA e MANA DO MEU CORAÇÃO, és a imagem da coragem e tenho muito orgulho em ti. Sei o muito mais que está por detrás deste "testemunho" que, achei, aliás, bem brando... és definitivamente a Ilda Furacão! :)
;))) Minha Mana Linda! Adoro-te e obrigada por estares sempre aí ;)
Desde sempre assisti às tuas "dores" afinal eramos e gosto de acreditar que somos "primas gémeas" mas também nunca te vi desistir... ambas sabemos o que é viver um dia de cada vez!!! E coragem para enfrentá-los, sei bem que nunca te vai faltar!!! :)
Se há um exemplo de uma mulher de coragem és tu ILDA. Fantástica pessoa, muito lutadora e que nada te faz frente. E por tudo isso é que foste recompensada pelo melhor do Mundo : a tua linda e querida BIZ.
É bom fazeres parte das nossas vidas e gostamos muito de ti. Tens aqui uns "manos" para toda a vida.
Um grande beijinho
Obrigada Pat... Com pessoas como vocês na minha vida tudo se torna tão fácil... O sentimento é mútuo... Estou sp aqui para vocês. Beijo grande grande
Minha prima mana... Só agora vi a tua mensagem... Tenho aprendido mt ctg... O viver um dia de cada vez com o coração nas mãos. És uma mulher extraordinária, uma mãe fantástica e um exemplo a seguir... por isso é tão bom saber que vivemos quase tudo sp juntas desde que me lembro de mim. Luv U!
E agora a todas... Com pessoas assim à minha volta, como é q alguma doença ou seja o que for me consegue vencer? OBRIGADA!!! Têm-me feito chorar mt miúdas!!! Kiss da vossa loira
Lindos amigos(as)!!
Parabéns!!
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