quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sem dinheiro para ir ao hospital / Without money to go to hospital

Todos sabemos que esta doença obriga a elevadas doses de medicação, que (também) é agressiva e possuidora de efeitos secundários. Isso obriga a fazer análises e a ter consultas de vigilância com alguma (muita) regularidade.
O que se sente/vê é que os doentes faltam cada vez mais às consultas porque não têm dinheiro para as consultas, transportes e medicação.
Gostaria de ver a comunicação social noticiar (estes) casos chocantes, que deveriam envergonhar este (e qualquer) governo, que continua insensível.
Quem se preocupa com esta situação?!
Como diria Vitor Hugo:
"Entre um governo que faz o mal e um povo que se resigna, há uma certa cumplicidade."
 

We all know that this disease requires high doses of medication, which (also) is aggressive and possessed of side effects. This requires analysis and surveillance consultations with some (a lot) of regularity.
What you feel / see is that patients increasingly miss appointments because they have no money for consultations, transport or medication.
I would like to see the media reporting (these) shocking cases that should embarrass this (and any) government, which remains untouched.
Who cares about this situation?!
How Vitor Hugo would say:
"Between a government that does evil and a nation that resigns, there is a certain complicity."



 

9 comentários:

paulo disse...

Não sei se é cumplicidade ou cansaço de tanto sofrer! O povo brasileiro é mais ou menos assim.... Até que chega o momento de mudanças através do voto. Um dia o povo elege alguém que nunca se imaginou, e muitas vezes é este que resolve problemas mais insolúveis. Ex: Lula no Brasil.

Paula Ferreira disse...

Ninguém se preocupa!
Existem pessoas a descontar 650€ (logo não isentos pois a base é 628€) que com os respectivos descontos pouco mais dá que 550€ mas para nossos governantes é "suficiente" ja podem pagar taxas ... Hora o nosso governo pensou assim "os doentes crónicos são os que mas usam as consultas, então vamos arranjar uma forma de eles pagarem e faremos milhões €" ... Deixamos de ser uma despesas passamos a ser uma receita e das boas . .. resta saber ate quando

Mª Del Carmen Moledo disse...

Tony, acho muito bem a publicação no teu blogue de este tema...
As pessoas têm de saber o que se está a passar...
É uma situação horrível...
Eu acho que nunca deveria de se dar uma situação assim...
A saúde das pessoas é o que eu penso que é o mais importante
Um governo, seja qual for, não deve poupar dinheiro a custa da saúde das pessoas.
Também não deve é poupar dinheiro a custa da educação das crianças, mas a saúde, eu penso que deve ser a prioridade ... Não podemos deixar as pessoas ficar doentes ou mesmo por em risco a sua vida por elas não terem dinheiro par ir ao hospital ou por elas não terem dinheiro para o medicamento...
Mas como tu dizes, Tony, parece que isso não está a importar...
Quase tudo o mundo fica calado...
Não posso perceber o que se está a passar na sociedade...
Se calhar será que muitas pessoas pensam que nunca vão estar em uma situação igual...
Há pessoas que apenas percebem as dificuldades quando elas atingem direitamente a eles, a familiares ou a pessoas conhecidas... Não percebem que todos os cidadãos estamos em risco de padecer essa situação ou qualquer uma outra situação de desigualdade e injustiça...Por isso temos que denunciar e dizer que não podemos continuar assim... Não é por aí que se soluciona a crise!!!

Tony Madureira disse...

Olá João, Paula e Mary,
Muito obrigado pelo vosso contributo.

A tudo isto chamo falta de inteligência social.
O que está simplesmente acontecer é matar os velhos e os doentes. É só ver como florescem os seguros e hospitais privados. Para quem são? Ir a um hospital público até parece um luxo.
Como podem alguns doentes ir às consultas, tratamentos e exames se não têm dinheiro?
Como o ser humano é tratado é chocante e indigno. Trata-se simplesmente de “liquidar” aos poucos os mais desfavorecidos.
O país deve ser assertivo nesta matéria, mas não o é!

Paula Ferreira disse...

Os seguros! Outro problema dos grandes .... Esses são para quem não esta´ doente, eu nem seguro vida da casa tenho, não houve banco/seguradora que o fizesse. Duvido que alguma seguradora faça seguro de saúde/vida a alguma de nós. E sim os hospitais públicos mais parecem clinicas privadas (já ninguém sai de la sem a conta)

Tony Madureira disse...

Quando escrevi João queria escrever - Muito obrigado Paulo!

Tony Madureira disse...

Pois é meu caros (as),

Um país não é civilizado enquanto houver pessoas a morrerem por falta de cuidados de saúde. Séculos e séculos de História devem servir para alguma coisa. E andar para trás não é certamente uma delas. Não ponham a culpa no estado social, não andem para trás, há conquistas irreversíveis e essa é uma delas, o acesso à saúde.

Lídia Cachetas disse...

é tão triste amigos, tão revoltante, é muita descriminação junta... não há quem aguente! é tanto dinheiro gasto na saúde, tanta luta, tanto sofrimento... dizei o que podemos fazer para que os governantes façam a parte deles pelo menos para a gente não desistir de lutar contra esta doença que nos destrói diariamente para toda a nossa vida. :((((

Tony Madureira disse...

É uma vergonha e de uma (enorme) isensibilidade, que se obrigues as pessoas a deslocarem-se às repartições de finanças, centros de saúde, etc… para obter um documento.
Não tenho dúvidas que é mesmo para empatar, desmotivar e pôr as pessoas a pagar. Também já assisti situações lamentáveis. Vi pessoas idosas, com (grandes) dificuldades de mobilidade, outras nem sabiam ler e escrever e a pedirem para as ajudar.
É tempo dos governos colocarem as pessoas em primeiro lugar!