Thaiany faz o seu relato, tem 31 anos, vive em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Oi Tony
Como agora estou no hospital tive tempo para por em dia as pendências.
Aqui vai o relato.
Meu nome é Thaiany, tenho 31 anos, sou diabética desde os 17 anos e por muito tempo confundi os sintomas do Lúpus com com as complicações do meu diabetes.
A primeira crise foi em 2008 quando perto do término da minha faculdade em meio ao trabalho de conclusão e estágio apareceram as lesões do couro cabeludo, tive queda forte de cabelos , mas achava que o stress desta correria poderia ser a causa de tudo, o cansaço era algo inexplicável, tinha dias que eu tinha dificuldade para actividades normais do cotidiano, como varrer a casa e estender a cama, eu sentava e parecia que já acorda exausta, meus banhos eram com banquinho,e para lavar os cabelos tinha que pedir auxilio de alguém pq não tinha forças para levantar os braços. A formatura foi complicada já que a com a queda dos cabelos minha auto-estima estava bem comprometida, mas tudo foi comemorado com muita alegria e isto é uma das coisas que doença nenhuma pode nos tirar, a alegria de continuarmos vivos e vencendo com bravura todas as limitações que nos são impostas dia a dia pra quem convive com estes percalços.
Neste primeiro episódio nada foi constatado e a crise passou, as lesões retrocederam o cabelo cresceu novamente e o desânimo com a diminuição do stress também passou.
O novo episódio foi na metade de 2010 quando tudo voltou a mil, o cansaço, as dores nas articulações, as lesões bem feias algumas infectaram me custando dias hospitalizada para antibiótico, foi quando resolvi consultar um reumatologista para confirmar ou não a suspeita, foi quando comecei com os exames, nada de Lupos sistêmico foi constatado mas a biópsia das lesões detectaram o Lúpus Discóide. Comecei a tomar o Reuquinol (Cloriquina) uma dose de 400mg por dia o que diminuiu bastante a intensidade das lesões e todos os cuidados com o sol e tudo mais.
Este ano no início foi acometida de mais uma crise foram muitos desmaios ao sol , enquanto estendia roupas, na direcção quando o sol batia na janela , perdia os sentidos e vomitava muito, as lesões vieram novamente, e também não me queixo pois minhas lesões são só de couro cabeludo, nunca as tive no rosto ou corpo, tenho agradecido por minhas lesões terem sido sempre controláveis e poder escondê-las já que convivo com outras mulheres que sofrem muito com a exposição das suas lesões em locais aparentes e que destroem a auto estima , procuro sempre incentivá-las mas não consigo imaginar o que sentem já que o pouco que tenho mexe bastante comigo.
Agora meus exames começam a apresentar algumas alterações para uma possível evolução para o Sitêmico mas nada confirmado ainda.
Actualmente estou hospitalizada pois devido a baixa imunidade fui acometida por uma bactéria que pelo canal dentário instalou-se na minha mandíbula, necessitando de controle com antibióticos endovenosos.
São duas doenças que não combinam por que pela diabetes não posso usar nenhuma quantidade de corticóides e a glicose alta fico susceptível a bactérias que pelo lúpus meu organismo tem dificuldade de combater sozinho o que me faz hospitalizar por qualquer lesão que infecta com facilidade, até picada de mosquito vira abcesso.
As pessoas costumam dizer que nunca desconfiariam que tenho qualquer doença, isso deve ser por que procuro levar minha vida com o maior prazer possível não reclamo das dores nem das dificuldades, tenho um filho de 7 anos que já habituou-se a me ver hospitalizada , mas não quero que de mim fique esta imagem de mãe doente ou coisa assim,eu mantenho o bom humor, a alegria mesmo em situações bem desesperadoras, preciso que ele entenda que precisa valorizar a vida saudável que tem para que preserve sua vida e nada o faça desistir, desta vez ele me disse quando vinha para o hospital "Vai lá mãe coloca mais soldadinhos que vamos acabar com a bactéria" é um incentivo constante pra mim, na sua fantasia é uma guerra quase real e por isso aguento firme tudo que vier para cada vez mais ser a heroína dele.
Acredito que se tenho que passar por isso é por que posso passar por isso, se hoje me tiram algo das mãos é para que fiquem livres para receber coisas melhores.
Esta é minha história, agora continuo aqui esperando alta e saindo forte para a batalha diária mas que me faz amar mais e mais a vida.
Se quiserem saber mais do começo da minha história me sigam no meu blogue http://www.sweetthaiany.bloguespot.com/
Oi Tony
Como agora estou no hospital tive tempo para por em dia as pendências.
Aqui vai o relato.
Meu nome é Thaiany, tenho 31 anos, sou diabética desde os 17 anos e por muito tempo confundi os sintomas do Lúpus com com as complicações do meu diabetes.
A primeira crise foi em 2008 quando perto do término da minha faculdade em meio ao trabalho de conclusão e estágio apareceram as lesões do couro cabeludo, tive queda forte de cabelos , mas achava que o stress desta correria poderia ser a causa de tudo, o cansaço era algo inexplicável, tinha dias que eu tinha dificuldade para actividades normais do cotidiano, como varrer a casa e estender a cama, eu sentava e parecia que já acorda exausta, meus banhos eram com banquinho,e para lavar os cabelos tinha que pedir auxilio de alguém pq não tinha forças para levantar os braços. A formatura foi complicada já que a com a queda dos cabelos minha auto-estima estava bem comprometida, mas tudo foi comemorado com muita alegria e isto é uma das coisas que doença nenhuma pode nos tirar, a alegria de continuarmos vivos e vencendo com bravura todas as limitações que nos são impostas dia a dia pra quem convive com estes percalços.
Neste primeiro episódio nada foi constatado e a crise passou, as lesões retrocederam o cabelo cresceu novamente e o desânimo com a diminuição do stress também passou.
O novo episódio foi na metade de 2010 quando tudo voltou a mil, o cansaço, as dores nas articulações, as lesões bem feias algumas infectaram me custando dias hospitalizada para antibiótico, foi quando resolvi consultar um reumatologista para confirmar ou não a suspeita, foi quando comecei com os exames, nada de Lupos sistêmico foi constatado mas a biópsia das lesões detectaram o Lúpus Discóide. Comecei a tomar o Reuquinol (Cloriquina) uma dose de 400mg por dia o que diminuiu bastante a intensidade das lesões e todos os cuidados com o sol e tudo mais.
Este ano no início foi acometida de mais uma crise foram muitos desmaios ao sol , enquanto estendia roupas, na direcção quando o sol batia na janela , perdia os sentidos e vomitava muito, as lesões vieram novamente, e também não me queixo pois minhas lesões são só de couro cabeludo, nunca as tive no rosto ou corpo, tenho agradecido por minhas lesões terem sido sempre controláveis e poder escondê-las já que convivo com outras mulheres que sofrem muito com a exposição das suas lesões em locais aparentes e que destroem a auto estima , procuro sempre incentivá-las mas não consigo imaginar o que sentem já que o pouco que tenho mexe bastante comigo.
Agora meus exames começam a apresentar algumas alterações para uma possível evolução para o Sitêmico mas nada confirmado ainda.
Actualmente estou hospitalizada pois devido a baixa imunidade fui acometida por uma bactéria que pelo canal dentário instalou-se na minha mandíbula, necessitando de controle com antibióticos endovenosos.
São duas doenças que não combinam por que pela diabetes não posso usar nenhuma quantidade de corticóides e a glicose alta fico susceptível a bactérias que pelo lúpus meu organismo tem dificuldade de combater sozinho o que me faz hospitalizar por qualquer lesão que infecta com facilidade, até picada de mosquito vira abcesso.
As pessoas costumam dizer que nunca desconfiariam que tenho qualquer doença, isso deve ser por que procuro levar minha vida com o maior prazer possível não reclamo das dores nem das dificuldades, tenho um filho de 7 anos que já habituou-se a me ver hospitalizada , mas não quero que de mim fique esta imagem de mãe doente ou coisa assim,eu mantenho o bom humor, a alegria mesmo em situações bem desesperadoras, preciso que ele entenda que precisa valorizar a vida saudável que tem para que preserve sua vida e nada o faça desistir, desta vez ele me disse quando vinha para o hospital "Vai lá mãe coloca mais soldadinhos que vamos acabar com a bactéria" é um incentivo constante pra mim, na sua fantasia é uma guerra quase real e por isso aguento firme tudo que vier para cada vez mais ser a heroína dele.
Acredito que se tenho que passar por isso é por que posso passar por isso, se hoje me tiram algo das mãos é para que fiquem livres para receber coisas melhores.
Esta é minha história, agora continuo aqui esperando alta e saindo forte para a batalha diária mas que me faz amar mais e mais a vida.
Se quiserem saber mais do começo da minha história me sigam no meu blogue http://www.sweetthaiany.bloguespot.com/
Um beijo e força...
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