Pesquisadores da Virginia-Maryland Regional College of Veterinary Medicine, na Virginia Tech, nos EUA, parecem ter descoberto que falha molecular na regulamentação do corpo de linfócitos ocorre no lúpus. A doença crônica autoimune, caracterizada pela hiperatividade do sistema imunológico do corpo (levando ao ataque os tecidos saudáveis), afeta mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. A descoberta pode levar a diagnósticos mais precisos e até mesmo novas abordagens de tratamento.
A equipe descobriu um conjunto de microRNAs desregulados em modelos de lúpus. Estes pequenos RNAs de controle da expressão gênica regulam RNAs mensageiros específicos através da inibição de sua tradução ou indução de sua degradação. “MicroRNAs desempenham estas funções de forma ordenada”, explica S. Ansar Ahmed, professor de imunologia e chefe do departamento de ciências biomédicas e patologia da faculdade. “Células brancas do sangue usam o miRNA para regular anticorpos e proteínas em resposta a infecções ou qualquer tipo de ameaça”.
Os pesquisadores então escolheram três linhagens de camundongos autoimunes que tinham diferentes configurações de genoma e que manifestavam uma desordem parecida com o lúpus em diferentes idades. Por exemplo: um rato começava a desenvolver lúpus com cerca de 3 meses de idade, enquanto outro desenvolvia mais tarde, aos 9 meses.
As descobertas mostram que todos os ratos manifestavam um padrão comum de desordem no microRNA, indiferente dos genes que carregavam. Mais importante: a expressão destes miRNAs se tornou evidente apenas na idade em que eles manifestavam o lúpus. A identificação destes microRNAs comuns mostram uma nova maneira de compreender o desenvolvimento da doença.
“Em curto prazo, queremos utilizar a nossa compreensão mais apurada da doença para desenvolver uma ferramenta na forma de marcadores moleculares para o diagnóstico precoce e confiável”, ressalta Ahmed. O objetivo em longo prazo é oferecer novos métodos de tratamento, como a manipulação do miRNA relacionado ao lúpus para corrigir a patologia.
Uma vez identificada a “assinatura” do lúpus no corpo, o próximo passo seria provar que a doença poderia ser “desligada”. “Se pudermos fazer isso em um modelo de rato e, em seguida, curar outros animais, esperamos que um dia isso possa ser feito em humanos. Esta é uma longa investigação, mas a tecnologia moderna reduz o tempo que levaria do rato para o humano”, diz Ahmed.
MicroRNAs são pequenos RNAs, com cerca de 20 a 22 nucleótidos, resultantes da clivagem de um RNA maior não codificante que possui uma estrutura secundária em gancho
Fonte:
http://cienciadiaria.com.br/2011/02/01/equipe-descobre-conjunto-de-micrornas-desregulados-associados-ao-lupus/
A equipe descobriu um conjunto de microRNAs desregulados em modelos de lúpus. Estes pequenos RNAs de controle da expressão gênica regulam RNAs mensageiros específicos através da inibição de sua tradução ou indução de sua degradação. “MicroRNAs desempenham estas funções de forma ordenada”, explica S. Ansar Ahmed, professor de imunologia e chefe do departamento de ciências biomédicas e patologia da faculdade. “Células brancas do sangue usam o miRNA para regular anticorpos e proteínas em resposta a infecções ou qualquer tipo de ameaça”.
Os pesquisadores então escolheram três linhagens de camundongos autoimunes que tinham diferentes configurações de genoma e que manifestavam uma desordem parecida com o lúpus em diferentes idades. Por exemplo: um rato começava a desenvolver lúpus com cerca de 3 meses de idade, enquanto outro desenvolvia mais tarde, aos 9 meses.
As descobertas mostram que todos os ratos manifestavam um padrão comum de desordem no microRNA, indiferente dos genes que carregavam. Mais importante: a expressão destes miRNAs se tornou evidente apenas na idade em que eles manifestavam o lúpus. A identificação destes microRNAs comuns mostram uma nova maneira de compreender o desenvolvimento da doença.
“Em curto prazo, queremos utilizar a nossa compreensão mais apurada da doença para desenvolver uma ferramenta na forma de marcadores moleculares para o diagnóstico precoce e confiável”, ressalta Ahmed. O objetivo em longo prazo é oferecer novos métodos de tratamento, como a manipulação do miRNA relacionado ao lúpus para corrigir a patologia.
Uma vez identificada a “assinatura” do lúpus no corpo, o próximo passo seria provar que a doença poderia ser “desligada”. “Se pudermos fazer isso em um modelo de rato e, em seguida, curar outros animais, esperamos que um dia isso possa ser feito em humanos. Esta é uma longa investigação, mas a tecnologia moderna reduz o tempo que levaria do rato para o humano”, diz Ahmed.
MicroRNAs são pequenos RNAs, com cerca de 20 a 22 nucleótidos, resultantes da clivagem de um RNA maior não codificante que possui uma estrutura secundária em gancho
Fonte:
http://cienciadiaria.com.br/2011/02/01/equipe-descobre-conjunto-de-micrornas-desregulados-associados-ao-lupus/
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