sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Tratamento para o lúpus à beira de uma revolução

Um novo medicamento que poderá constituir-se num tratamento eficaz para o lúpus foi, recentemente, proposto por um comité consultivo da Autoridade Norte-Americana do Medicamento (FDA) para aprovação, avança o site Tribuna Médica Press.

“Há um real optimismo em relação à aprovação de um novo fármaco para o tratamento do lúpus, pela primeira vez em 54 anos”, diz Mary Anne Dooley, docente do Centro Renal da Universidade da Carolina do Norte. O Benlysta (belimumab) limita a comunicação entre as células T e B, explica a especialista. As células T controlam a resposta imunitária e “dizem” às células B qual o tipo de anticorpos que devem produzir.

“Não previne totalmente a comunicação, mas reduz a hiperactividade”, acrescenta. “O organismo mantém a capacidade de combater infecções, mas deixam de existir todos estes marcadores de hiperactividade imunitária”, diz Dooley. Dois estudos abrangentes, realizados no ano passado, demonstraram a eficácia do Benlysta.

E, embora a FDA tenha demonstrado reservas em relação à sua segurança, alertando para o facto de o seu uso poder estar associado ao risco de depressão e suicídio, o comité consultivo examinou os dados referentes à segurança do medicamento e decidiu a favor do fármaco.

Os investigadores encontram-se actualmente a avaliar a possibilidade de utilizar o micofenolato de mofetil, um imunossupressor utilizado nos transplantes renais, em doentes diagnosticados com lúpus.

Fonte:
http://www.rcmpharma.com/news/11252/51/Tratamento-para-o-lupus-a-beira-de-uma-revolucao.html

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Lúpus

É uma doença auto-imune, em que o sistema imune ou imunológico - o sistema constituído pelas células, como os linfócitos e mediadores como os anticorpos - que normalmente protege o nosso corpo, se vira contra si próprio e o ataca, provocando inflamação e alteração da função do órgão afectado. A inflamação provoca dor, calor, vermelhidão (ou rubor) e inchaço (ou edema).


Não existe causa conhecida de Lúpus e não existe cura para esta doença. O Lúpus é uma doença crónica (para toda a vida), ainda que existam fases de remissão (em que a doença se encontre “adormecida”, i.e., inactiva) e fases de surto (em que a doença reactiva).


A doença pode afectar muitos órgãos e sistemas diferentes (daí a denominação sistémica), em especial a pele a articulações, e podem existir formas muito diferentes da doença (i.e., os sintomas variam de doente para doente e até, no mesmo doente, de período para período).


O Lúpus tem um amplo leque de gravidade, podendo ter complicações muito graves, que exigem atenção urgente. No entanto, as terapêuticas actuais permitem dar à maior parte dos doentes uma boa qualidade de vida.

Fonte:
http://www.nedai.org/rubrica.aspx?id_seccao=51&id_rubrica=118&ord=6

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Gravidez afectada por genes do sistema imunitário

Uma equipa de investigadores, liderads por Ashley Moffett, da Universidade de Cambridge, Reino Unido, descobriu novos dados sobre a influência de factores genéticos que aumentam a protecção contra doenças comuns da gravidez. O estudo foi publicado na edição on-line do “Jornal of Clinical Investigation”.

Um passo fundamental para o início de uma gravidez bem sucedida é a invasão da mucosa do útero por células fetais conhecidas como trofoblastos, que se tornam o principal tipo de célula da placenta. Uma invasão trofoblástica inadequada do revestimento do útero pode originar problemas na gravidez, nomeadamente pré-eclâmpsia, aborto e restrição do crescimento fetal.
Interacções entre as células mãe conhecidas como células NK uterinas e trofoblasto fetal – interacções específicas entre as moléculas HLA-C do trofoblasto fetal e os receptores KIRs presentes nas células NK uterinas - são fundamentais para determinar a extensão da invasão do trofoblasto.

Dados anteriores da mesma equipa de investigadores indicaram que uma combinação específica entre as moléculas HLA-C do trofoblasto fetal e as KIRs estava associada com um risco aumentado de pré-eclâmpsia. Neste estudo, a equipa ampliou essa correlação à restrição do crescimento fetal e às interrupções recorrentes da gravidez. Além disso, também determinaram que a presença de outros KIR que combinam com a molécula HLA-C fornece protecção contra os mesmos distúrbios comuns da gravidez.