domingo, 31 de agosto de 2008

Lupus: A Cura Definitiva Ainda Está Por Ser Descoberta

"Confundida com uma série de outras doenças e com a cura definitiva ainda por ser descoberta, a literatura e os rumores em torno do lúpus são, curiosamente, mais vastos que o conhecimento da própria doença. O lúpus não é contagioso, existem tratamentos, e seu diagnóstico não é uma sentença. Deve continuar sendo exaustivamente pesquisado, antes de ser aceite pelo paciente como tal. A grande maioria dos portadores de lúpus pode ter vida normal, desde que existam, ao seu redor, pelo menos três factores: um criterioso cuidado médico, atenção e carinho."

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Micróbios ajudam na prevenção de alergias e doenças auto-imunes

“O que fazem os pais para protegerem os seus filhos dos temíveis micróbios?
Há uns que proíbem os familiares de beijarem os recém-nascidos. Outros esterilizam as chuchas e os biberões mesmo quando as crianças já gatinham pela casa. Há pais que contratam uma empregada que passa os dias em casa com o menino - aos dois anos algumas raramente contactam com outras crianças mas nunca ficam doentes. Para a escola só vão quando estiverem mais fortes, com quatro anos.

Há uma preocupação grande que em certa medida pode ser positiva mas que, muitas vezes, é exagerada e até canalizada para coisas que pouco interessam. Lavar as mãos é essencial, mas não é preciso andar sempre com toalhitas atrás. Há uma confusão entre lixo, poluição, sujidade. Rebolar-se na relva, brincar com a terra não é perigoso e até desenvolve anticorpos e defesas. Claro que se tiver detritos, pesticidas ou cocó de cão, é diferente. Mas limitar a actividade das crianças para não se sujarem é contraproducente. A sujidade... suja. As infecções vêm das pessoas e dos animais.

O pior é que, ao tentarmos proteger as crianças, podemos estar a provocar-lhes mais problemas: estudos demonstram que as crianças que, nos primeiros anos de vida, não estão expostos a infecções têm mais probabilidades de, mais tarde, desenvolver doenças alérgicas. O que poderia explicar, em parte, o aumento da incidência de doenças como a asma alérgica ou a rinite alérgica.

Está provado que as alergias e as doenças auto-imunes acontecem porque há uma falha qualquer no sistema imunológico. E que sempre que o organismo é atacado por uma bactéria, o sistema imunológico fica mais forte. Por isso, uma infecção de vez em quando, com uma doença como uma constipação ou uma gastroenterite, serve para espicaçar o sistema imunológico e mantê-lo alerta. Se o sistema imunológico não tem nada que fazer, nenhuma infecção para combater, os anticorpos começam a virar-se contra o próprio corpo.

Por outro lado, sabe-se que o sistema imunológico só está maduro quando as crianças têm três anos, até lá está "a aprender". O plano de vacinações se concentra sobretudo nesta etapa. É também por isso que esta é a fase em que as crianças "estão sempre doentes". À medida que vai contactando com alguns vírus o organismo vai criando defesas e vai ficando mais forte. Se isso não acontece nesta fase vai acontecer mais tarde. A protecção exagerada dos pais acaba por ser apenas um adiamento e que pode ter consequências bem mais graves do que uma simples dor de barriga.”

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Relato de Maria Eugénia

Maria Eugénia faz o seu retalo, tem 54 anos, e vive em Alenquer.


O Tony pediu-me para fazer um relato sobre o meu caso como doente de Lúpus mas eu resolvi fazer algo mais abrangente e falar também de mim, como sou, os meus interesses, a minha maneira de viver a vida e como “aprendi a viver bem com o Lupus”.
Chamo-me Maria Eugénia Ferreira da Ponte, tenho 54 anos de idade e trabalho em Informática há cerca de 36 anos.
Nasci e resido numa pequena aldeia do concelho de Alenquer, a cerca de 30 Km de Lisboa, onde trabalho.
Considero-me uma pessoa generosa, sincera e genuina.
Não gosto de discussões mas gosto de lutar pelas minhas ideias e convições e valores como a honestidade, fidelidade e autenticidade são sagrados para mim.
Adoro viajar e sou curiosa por natureza, gosto de experimentar coisas novas.

Tenho Lúpus e já se descobriu há uns 12/13 anos.
Fui uma pessoa muito saudável até cerca do 40 anos mas, para mim, essa idade foi como se fosse uma barreira porque fui tendo vários problemas de saude desde então.
Acho que tudo começou com uma depressão nervosa.
Logo após, tive um fibromioma uterino que teve como resultado a histerectomia total com anexectomia bilateral, isto é, foi-me retirado o utero, ovários e trompas.
Ainda não estava completamente restabelecida foi-me diagnosticado Lúpus, com uma biopsia depois de ter apareciado a tal “borboleta” no rosto.
Graças a Deus, é do tipo menos grave (eritematoso crónico) mas, de qualquer modo, foi um choque para mim.
Tinha apenas ouvido falar desta doença há muitos anos atrás, quando tinha 19 anos e porque tinha sido essa doença estranha que me tinha levado a minha melhor amiga.
Informei-me mais sobre a doença e comecei a ter certos cuidados principalmente no que toca à exposição ao sol (esqueci a praia, em definitivo...). Também fui alertada para outros cuidados que deveria ter, nomeadamente em termos de visão,fazendo exames 2 vezes por ano.
Num destes exames, tive outra noticia desagradavel, um glaucoma.
Mas, enfim, eu sou uma pessoa muito positiva e penso sempre que há milhares ou milhões de casos muito piores do que o meu e que a vida é demasiado bela para nos deixarmos envolver em problemas de saude e deixarmos de fazer e viver as coisas boas que a vida nos oferece.De qualquer modo, durante todos estes anos o Lúpus não tem sido impedimento para eu viver a minha vida com toda a normalidade.
Tenho sentido apenas algumas dores nas articulações e outros disturbios leves...Mas, ultimamente, os pés e as pernas têm-me inchado imenso, as dores têm-se agravado, sinto-me muito cansada e também aumentei bastante de peso, embora tenha algum cuidado com a alimentação. A exposição solar também me parece que me está a prejudicar mais e ando a ter algumas alergias cutaneas.Os olhos também não andam bem e fica a interrogação:
- Será que o Lúpus tem estado bem adormecido e, agora, resolveu acordar?
A minha postura não tem sido de “esconder a cabeça na areia” mas sim uma postura positiva mas de alerta.
Agora, com estes sinais de alerta, vou ter de procurar ajuda especializada porque me parece que só os cuidados não são suficientes.
Eu aprendi a viver com algumas limitações, aprendi a viver bem com o Lúpus.
Espero que, mesmo que os sintomas comecem a ser mais incómodos, eu possa continuar como até aqui e não me deixe ir abaixo.
Quero (ou gostava...) de continuar a ser a mesma Maria Eugénia de sempre.

Disse ao principio que sou curiosa e gosto de experimentar coisas novas.
Isso faz com que tenha vários interesses, como a pintura e a fotografia (faço parte do site 1000Imagens (http://www.1000imagens.com/autor.asp?idautor=168) mas o prazer de ler e de escrever têm sido uma constante ao longo de toda a minha vida.
Mais jovem, adorava escrever poesia.
Nos últimos anos, dediquei-me a escrever pequenos contos infantis, pois adoro crianças e, eu própria, sou um pouco criança também.
Já experimentei outro tipo de escrita mas são os contos infantis que me dão mais prazer escrever.
Ao escrever um conto ou uma fábula, sinto-me transportar para o Mundo da Fantasia e a minha imaginação voa ao encontro do que é puro, sincero, transparente.
Neste Mundo tão cheio de desamor e violência, sinto cada vez mais, esta necessidade de espalhar à minha volta o amor pelos outros, a sinceridade, o riso puro e cristalino (como o das crianças…), a esperança num amanhã mais bonito de viver.
Nos meus contos, pretendo passar estes sentimentos, cada vez mais importantes para mim, e sinto-me crescer como ser humano cada vez que recuo até à minha infância e vivo a simplicidade de uma história infantil.
Ao fazer-me criança, renasço mais humana e mais mulher.
Nesta sociedade de faz-de-conta, de indiferença, de mentira… eu pretendo chamar a atenção para a autenticidade, o amor e a amizade e para a sinceridade e transparência.

Curiosamente, não foi um conto infantil o primeiro livro que editei mas um romance que foi colocado no mercado em finais de Agosto do ano passado.
Chama-se “Desencontros Virtuais” e surgiu depois de uma fase em que descobri as salas de “Chat” na Internet.
Ao ver que as pessoas que utilizavam esses locais não eram apenas adolescentes e jovens mas também (e mais do que se imagina) pessoas mais velhas, levadas a maior parte das vezes pela solidão, imaginei que poderiam acontecer situações como as descritas no livro, em que uma mulher madura conhece e se apaixona por um jovem 23 anos mais novo.
Escrevi este livro quase como que de brincadeira mas, ao desenvolver a ideia inicial, cada vez me dava mais prazer escrevê-lo.
Tenho outro livro escrito mas ainda não o editei e esse é completamente diferente deste romance.
O titulo é “Ele está aqui e ensina Amor”.
Foi escrito durante os ultimos 5 anos da minha vida e pretendo que este livro não seja um conjunto de afirmações mas sim um série de interrogações. Muitas dessas interrogações têm sido uma constante ao longo da minha vida.
Comecei este ano a dar os primeiros passos no sentido de editar também este segundo livro.
Todo o processo que envolveu o meu livro “Desencontros Virtuais” está registado na Internet no Blogue:
http://eugeniaponte.blogspot.com/
Também os primeiros passos no sentido da edição de “Ele está aqui e ensina Amor” está num outro blogue:
http://eugeniaponte1.blogspot.com/
Interesso-me também muito por história, tradições e património, principalmente da minha terra, Alenquer.
Tenho vindo a construir um Blog desde Maio do ano passado sobre esse tema (http://alenquer-tradepatri.blogspot.com/).
É um blogue que está longe de estar completo, ainda tenho muito mais para escrever sobre Alenquer, uma terra a que alguns historiadores atribuem a sua fundação ao ano 418 da nossa Era.

Uma outra experiência muito interessante que tenho tido desde há uns meses a esta parte foi o ter descoberto, através da série “Morangos com açucar”, um site da Internet do qual me fiz membro e que é muito interessante para quem gosta de ler.
O site é http://www.bookcrossing.com/
É uma espécie de clube de livros global, que atravessa o tempo e o espaço.
É um grupo de leitura que não conhece limites geográficos.
Os seus membros gostam tanto de livros que não se importam de se separar deles, libertando-os, para que possam ser encontrados por outros.Eu já fiz esta experiência e é muito gratificante.

A vida é feita de surpresas e aventura, independentemente da idade que se tenha, e só assim vale a pena ser vivida.
Estar sempre aberto a novas experiências é a minha maneira de estar na vida.
E, até agora, não tem sido o Lúpus que me tem impedido de realizar os meus sonhos e projectos.
Espero continuar a conseguir ser eu a controlar a minha vida e a não deixar que o Lúpus ou qualquer outro problema me controle e condicione.
Ele faz parte da minha vida e não posso nem quero esquecer isso mas a minha vontade de viver bem tem de ser superior a todas as limitações que eventualmente a doença me possa trazer no futuro.
Como a Sandra Godinho disse há que “tentar levar uma vida o mais calma e normal possivel mas, acima de tudo VIVER UM DIA DE CADA VEZ...”.
Concordo inteiramente com as suas palavras!

sábado, 23 de agosto de 2008

Acompanhamento...

A perna e pé esquerdo da Claudia continua a ficar “muito” inchado.

A Médica da Claudia decidiu fazer um ECO-DOPPLER VASCULAR.
http://www.cardioteste.pt/informacoes-eco-doppler-vascular.html
No resultado só apareceu retenção de líquidos.
Foi aconselhada a utilizar meias elásticas de compressão grau II até á raiz da coxa.



Vamos aguardar…

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Vacina Rubéola

Este texto foi enviado pela Daniella Pessoni que pediu para o Fórum enviar por e-mail.

Segue o texto:


Bom dia!

Meninas antes de eu postar uma mensagem eu pesquiso antes, sobre a vacina Rubéola não podemos tomar porque contém vírus vivos e para todos os portadores de Lúpus com remissão ou não, não devemos tomar agora quem já tomou fique atenta a qualquer sintoma, pois estou com 2 amigas que tomaram a vacina semana passada e estão super mal, elas se encontram no meu Orkut, hoje uma delas esta indo para o pronto socorro pela quinta vez, com muitas dores de cabeça, mal estar, enjoou entre outros, muitos médicos clinico geral não tem informações correctas sobre o que devemos e não devemos tomar ai eles passam essa vacina dizendo que não tem nenhum problema, POR TANTO ESTOU AVISANDO MAIS UMA VEZ ESTAMOS PROIBIDOS DE TOMAR ESTA VACINA, POR FAVOR REPASSEM ESTE RECADOS PARA PESSOAS QUE VOCÊS CONHECEM COM LUPUS QUE NÃO TEM ORKUT, QUE DEUS ILUMINE CADA UM DE VOCÊS.

Faço parte como voluntaria do Hospital Heliópolis onde cuido do meu Lúpus aqui em SP, por tanto o que não quero para mim também não quero para nenhuma Lupica, pois acho que somos uma grande família

Daniella Pessoni

Este mail lhe foi enviado por um administrador de "VIVA BEM COM O LÚPUS" - http://lupus.realmsn.com

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vivendo Bem com o Lúpus

O que é bem-estar?

"Como uma pessoa pode viver bem tendo uma doença crônica? Para muitas pessoas com lúpus, viver bem significa adoptar uma filosofia de bem-estar. Bem-estar é uma abordagem para se viver e o primeiro passo para encontrar o bem-estar é entender o que significa "viver bem". Uma vida com bem-estar requer atenção com o corpo, com a mente e com o espírito. Requer um planejamento bem pensado e um cuidadoso ajuste de sua rotina diária. Viver bem com lúpus é difícil algumas vezes, mas é possível e vale o esforço.

Bem-estar significa tomar a decisão de estar o melhor que você puder e assumir responsabilidades por fazer o que ajuda e o que dificulta a sua vida. Isto requer que você entenda e aceite que tudo que você faz para o seu corpo, pensa em sua mente e acredita em seu coração, tem um impacto em seu estado de saúde.

A saúde é afectada pelo seu bem-estar, mas o bem-estar é muito maior do que a saúde. Pessoas doentes, debilitadas, e mesmo aquelas nos últimos dias de suas vidas podem experimentar o bem-estar. Bem-estar é fazer opções e cumprir compromissos que melhoram sua vida. Viver bem com os desafios do lúpus requer entendimento do impacto que uma doença crônica tem no corpo, na mente e no espírito. Essas três áreas são inseparáveis; a melhora em uma delas leva à melhora em outras.

O bem-estar não "acontece", precisa ser trabalhado dia-a-dia. Deve ser planejado com uma visão positiva e com uma avaliação realista do seu potencial. Viver bem com lúpus requer um plano balanceado. Manter esse balanceamento inclui: identificar o que você quer fazer em cada área, determinar objetivos e estabelecer um compromisso com si mesmo. Em essência, você faz um comprometimento de começar a viver e apreciar uma vida de bem-estar. Este comprometimento coloca você no controle, ao invés de ser controlado pela doença.

Ou seja,
O bem-estar é uma filosofia onde o indivíduo é responsável pelo desenvolvimento positivo da mente, do corpo e do espírito. É uma escolha consciente de buscar atitudes que melhoram e enriquecem a vida. O bem-estar requer que você desenvolva e use um plano baseado nas suas reais potencialidades. Um plano para alcançar o bem-estar inclui metas para aprimorar cada área: a mente -- através da ênfase em desenvolver atitudes positivas; o corpo -- através do cuidado com o condicionamento físico, alimentação e controle do setress; e o espírito -- através de reflexões sobre a vida.

Como reconhecer uma pessoa que vive bem com o lúpus? Eles são indivíduos que se concentram em seus talentos e habilidades presentes. Você raramente vai ouvi-los lamentar sobre o que eram aptos a fazer antes da doença. Suas vidas com lúpus têm um novo significado. Fazer o melhor do presente e planejar para o futuro é o que é importante para eles. Pessoas que vivem bem com o lúpus entendem que opções e alternativas estão disponíveis para sua escolha.

Eles controlam suas vidas ao invés de deixarem o lúpus controlá-las. Eles tiveram sucesso ao passar pela aflição inicial, e poderão dizer-lhe que não é um caminho fácil. Através da aceitação, eles alcançaram o entendimento de que a vida não se resume ao lúpus, ele é apenas uma parte dela. Eles assumem responsabilidades pela sua saúde e pelo seu bem-estar e estão aptos a sair de si mesmos para ajudar outros.

Adoptar um estilo de vida com bem-estar pode fazer a diferença entre apreciar a vida ou simplesmente sobreviver com o lúpus. A escolha é sua."

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

O relacionamento entre médico e paciente

"Uma das coisas mais importantes e decisivas para o sucesso de um tratamento, especialmente de uma doença crônica, é o relacionamento entre médico e paciente. Pacientes com lúpus normalmente enfrentam problemas singulares, o que influencia enormemente esse relacionamento. Esses pacientes podem precisar de cuidados por muitos anos e, uma vez que o lúpus pode afectar vários diferentes órgãos e sistemas do corpo, eles podem precisar de médicos de diferentes especialidades ao mesmo tempo. Poucos médicos entendem bem o lúpus, e já que ainda há muita coisa desconhecida sobre a doença, o paciente pode encontrar diferentes opiniões a respeito da melhor forma de tratá-lo. Para completar, uma vez que o lúpus tem efeitos físicos e psicológicos, os pacientes podem apresentar dificuldades em se relacionar com outras pessoas. Issa dificuldade pode interferir no seu relacionamento com o médico.

Médicos e pacientes interagem de uma maneira íntima e muito complexa. Com os grandes avanços tecnológicos da medicina nos últimos 40 anos, muitos aspectos desse relacionamento médico-pacientes foram alterados. A começar pela escolha do médico, onde normalmente leva-se em conta o plano de saúde que o paciente possui. Há ainda, a dificuldade do médico visitar pacientes fora dos hospitais e centros de tratamento e a substituição do Clínico Geral por um crescente número de especialistas. Contudo, a natureza básica do relacionamento médico-paciente não foi alterada.

Médicos e pacientes sempre têm abordado as questões de saúde de maneiras diferentes. Quando o paciente leva suas reclamações ao médico, ele espera que toda dor e sofrimento que está sentindo desapareça imediatamente. Eles também esperam que seus medos sejam dissipados, que sua doença seja curada, e que qualquer tratamento necessário seja o mais indolor e barato possível. Os médicos, por outro lado, esperam acima de tudo, que eles possam diagnosticar corretamente o problema do paciente e indicar o tratamento adequado. Os médicos também têm esperança de por um fim aos medos e ao sofrimento dos pacientes, mas eles sabem que, muitas vezes, isso não é completamente possível.

No caso do lúpus, o diagnóstico pode ser o maior problema para os médicos. A maioria deles não acompanha muitos casos da doença, o que faz com que tenham dificuldades para reconhecê-la. Nos casos mais antigos, mesmo os mais experientes reumatologistas por várias vezes não concordavam nos diagnósticos. Os médicos nunca querem classificar alguém como portador de uma doença muito grave, até que eles estejam certos disso. Nisso, eles pedem um grande número de exames antes de dar o diagnóstico o que, involuntariamente, só faz aumentar os aborrecimentos do paciente. Enquanto o médico está à busca do diagnóstico correcto, os pacientes, desconhecendo esse dilema do médico, podem achar que não estão recebendo a atenção merecida para as suas queixas e temores.

Médicos que cuidam de pacientes com lúpus devem ser muito cuidadosos para não interpretar a resposta emocional do paciente à doença como um reflexo dos seus sentimentos por eles. Pacientes com lúpus com freqüência são nervosos ou deprimidos. O médico não deve se sentir ofendido por tais emoções mas deve ajudar o paciente a entender de onde ela vêm. O médico deve se certificar de que esses sentimentos não estejam a ficar piores devido aos efeitos dos medicamentos ou da actividade da doença."

sábado, 9 de agosto de 2008

Relato de Sandra

Sandra Godinho faz o seu retalo, tem 29 anos, e vive em Porto Salvo.


"Eu comecei c os sintomas do lupus devia ter pr'aí 15 anos. Desde essa altura k me doia constantemente os pulsos e os ombros (articulações). Só aos 20 é k me mandaram p o reumatologista e nessa altura foi-me diagnosticada artrite reumatóide. Andei a fazer tratamento p a artrite durante 5 anos, durante os quais, tive gravida e felizmente, mesmo sem o acompanhamento necessario, correu tudo bem! Em 2006, mudei de médico,(sou acompanhada no H Egas Moniz) e foi a dra. Sandra Falcão, uma excelente medica, embora ainda no começo, k me diagnosticou o lupus. Na 1ª consulta suspendeu o tratamento k eu smp fizera p a artrite e deixou-me assim durante 3 meses, p dp repetir as análises. Segundo ela a minha artrite era mt localizada p ser artrite reumatoide, se assim fosse ja tinha evoluido p outras articulações, e nunca passou dos ombros e dos pulsos. Tb smp tive mt falta de força nas pernas e nos braços, tive k andar de autocarro c a minha mãe, qnd a minha filha nasceu prq não conseguia andar c ela ao colo. No entanto desde k comecei o tratamento p o lupus as coisas melhoraram mt, sei k não tou a 100% das capacidades normais de um adulto mas sinto-me mt melhor. Sinto-me triste prq não consigo correr c a minha filha, não posso ir c ela á praia, não consigo dançar, mas sei k não me posso queixar, felizmente tenho a doença adormecida dentro de mim e assim espero k ela continue p smp, no k depender de mim vou fazer tudo p k assim seja. O tratamento k faço é meticorten e plaquinol, comecei c 1 comprimido e meio de metic(cortisona) e ja só tomo metade por dia. Deixei de tomar a pilula, ja passei por uma separação dp k descobri a doença e recentemente tive k começar a tomar antidepressivos. As analises têm os valores mt bons, segundo a médica, mas o sistema nervoso anda mt alterado, tinha a boca constantemente rebentada c herpes, e apareceu-me uma alopécia ( queda de cabelo, k pode ser provocada pelo sistema nervoso ou pela própria doença em si) já fui ao dermatologista várias vezes, ja mudei o tratamento tb varias vezes, e só agora finalmente é k parece tar a resultar, apesar de ter começado a aparecer noutro lado da cabeça. Foi um choque mt grande, mas ja aprendi a conviver c a doença e acima de tudo a lidar c certas situações pelas quais nós não deveriamos passar mas k é impossivel evitar!! Temos k mentalizar, ter consciencia do k podemos ou não fazer e a partir daí...eskecer e tentar levar uma vida o mais calma e normal possivel! Mas acima de tudo, VIVER UM DIA DE CADA VEZ... Beijo grande, espero k corra tudo bem"

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Lúpus Eritematoso Sistêmico(Les)

O que é lúpus ?
O lúpus eritematoso sistémico(LES ou só lúpus) faz parte de um grupo de doenças consideradas auto imunes. Nesse grupo, encontramos tanto as colagenoses(artrite reumatóide, esclerose sistêmica, dermatomiosite etc.) que afetam o organismo de uma forma geral, como outras doenças mais localizadas, que afectam um só órgão como por exemplo, a tireoidite de Hashimoto.
Existem 2 formas principais de lúpus: - A primeira, é o lúpus cutâneo, que se manifesta através de manchas na pele, particularmente nas áreas que tomam sol(rosto, o "V" do decote, e nos braços). - A segunda forma, é a sistémica, ou seja, aquela que pode causar sintomas em várias regiões do organismo, como as articulações(juntas), pleura(do pulmão), cabelos, rins etc.

O lúpus é uma doença rara ?
Não. O lúpus pode ocorrer em pessoas de todas as idades, mas é mais frequente em mulheres jovens, principalmente entre 15 e 40 anos de idade. Entre mulheres jovens, existe uma pessoa com lúpus para cada 2000 sem a doença. Se nós pensarmos em uma cidade grande como o Rio de Janeiro, imagine quantas pessoas têm lúpus !

Qual é a causa do lúpus ?
Até hoje não se conhece uma causa específica para a pessoa desenvolver lúpus, mas sabe - se que existem factores genéticos, hormonais e ambientais envolvidos. Algumas pessoas nascem com uma chance maior para desenvolver a doença. Dizemos que essas pessoas têm uma maior susceptibilidade para o LES. Por outro lado, está bem definido que o LES não é uma doença contagiosa. Sabe - se também que o LES não passa para o bebé, mesmo que a mulher engravide já tendo a doença.

Qual a importância de fatores emocionais no lúpus ?
Os factores emocionais têm importância em dois momentos diferentes na pessoa com LES. Muitas vezes, um factor emocional muito intenso como a perda de um parente próximo, ou uma separação desencadeia os sintomas da doença. Ao mesmo tempo, para a pessoa que já tem lúpus, emoções negativas podem provocar uma reactivação da doença. Esses factores não são no entanto a causa da doença, mas contribuem para sua exacerbação(reactivação).

Como é que o lúpus causa seus sintomas ?
A causa exacta ainda não conhecemos, mas como a doença causa seus sintomas, está bem estabelecido. Sabe - se por exemplo, que os sintomas do LES são decorrentes de uma inflamação e que essa inflamação é causada por anticorpos. Os anticorpos, são elementos do nosso organismo que ajudam a nos proteger contra infecções. Por outro lado, alguns desses anticorpos, principalmente se estiverem em grande quantidade, podem se fixar em determinados órgãos, provocando inflamação nesse local. Quando se fixam na pele causam manchas, que são inflamações na pele. Quando se localizam nos rins, causam inflamação nesse órgão, e assim por diante.

Quais são os sintomas do lúpus ?
Como o lúpus acomete o sistema imunológico da pessoa, e esse sistema está presente em todos os órgãos, podem surgir problemas em vários locais. Alguns sintomas são gerais como a febre, emagrecimento, perda de apetite, desânimo e fraqueza. Outros, são sintomas localizados como a inflamação das articulações, que faz com que essas fiquem inchadas e doloridas. A inflamação na pleura ou no pericárdio(que são membranas que recobrem o pulmão e o coração) pode causar dor no peito, principalmente ao se respirar fundo.

Como é que é conviver com o LES ?
O lúpus é uma doença crónica, assim como também o são a hipertensão, a insuficiência cardíaca, a diabetes, várias doenças intestinais, alergias e outras doenças reumatológicas. Todas as pessoas que têm essas doenças, necessitam um acompanhamento prolongado, mas isso não quer dizer que a doença vai estar sempre causando sintomas, ou impedindo a pessoa de viver sua vida, trabalhar fora ou cuidar dos filhos e da casa.
Quando a pessoa com lúpus, não aceita a existência da doença e não se concientiza que são necessárias algumas mudanças no dia a dia, as coisas ficam bem mais difíceis.
É verdade que ninguém quer ter problema algum, nem mesmo gripe. Mas o segredo de conviver bem com esse tipo de doença(as crónicas), é compreende - la, aceitar que ela surgiu em um determinado momento na nossa vida e principalmente ter certeza que sempre há muito a ser feito para torna - la "inactiva".

Que cuidados devemos tomar durante o tratamento do LES ?
A evolução natural do lúpus, se caracteriza por períodos de maior e menor "actividade", que se traduz por uma quantidade maior ou menor de sintomas. Algumas situações são capazes de provocar reativação da doença como o uso de anticoncepcional com estrogênio, ou a exposição solar. As infecções, também podem contribuir para a reativação do lúpus.
O uso regular dos medicamentos auxilia na manutenção da doença sob controle, logo, o uso irregular dos corticóides, cloroquina, azatioprina etc... pode ser um fator que favorece a reativação da doença.

Será que da para ter uma vida normal com lúpus?
Nas fases de maior actividade podem surgir anemia e fraqueza para o trabalho, manchas na pele, dor nas articulações e mesmo "dor para respirar". Nesses períodos, o ideal é que a pessoa permaneça em repouso, afastada portanto das actividades profissionais e de casa.
Mas o lúpus também se caracteriza por apresentar fases de melhora, nas quais a pessoa pode ficar sem qualquer sintoma, ainda que utilizando os remédios. Nessas fases, podemos dizer que a pessoa tem vida praticamente normal.

Existe mais chance de infecções em quem tem lúpus ?
Como sabemos, o lúpus é uma doença que interfere com o sistema imunológico, que é o nosso sistema de defesa contra as infecções de uma forma geral. Este desequilíbrio, facilita um pouco o aparecimento de infecções. Por outro lado, na maioria das vezes, as infecções nas pessoas com LES, são facilitadas pelo uso de alguns medicamentos que ao inibirem a produção excessiva de anticorpos, inibem alguns dos mecanismos aturais de defesa do nosso organismo.
As infecções mais comuns são as bacterianas como as de pele(furúnculos por ex.), urinárias(cistite) e pneumonias. Outras infecções também podem surgir como as micoses na pele(tinhas) e nas unhas.
Quando a pessoa está tomando doses altas de corticóides e principalmente quando também está em uso de outros remédios, como a ciclofosfamida e azatioprina, as chances de infecções são ainda maiores.
A atitude mais importante nesses casos, é manter o maior cuidado possível com a pele e higiene pessoal, bem como procurar seu médico logo que surgir um sinal de infecção como a febre.

A pessoa que tem lúpus pode engravidar ?
Durante muito tempo os médicos acreditaram que quem tinha lúpus não poderia jamais engravidar. No entanto, já há cerca de um quinze anos, sabe - se que a gravidez não está proibida para as mulheres com lúpus, mas que ela deve ser programada. Quando a pessoa não está em fase de actividade da doença(e geralmente por período de pelo menos 6 meses), a gravidez pode ser programada.
Normalmente as pessoas com lúpus vão ter crianças normais. Por outro lado, devemos saber que existe uma pequena chance de ocorrer um abortamento, ou do bebé nascer prematuro ou com baixo peso.
Apenas uma situação preocupa um pouco mais, que é a possibilidade de ocorrer um tipo de problema que determina batidas mais lentas do coração do bebé. Hoje em dia, já se sabe que esse tipo de problema está relacionado à presença de tipo de anticorpo no sangue da mãe(anticorpo anti Ro).

domingo, 3 de agosto de 2008

O que é doença auto-imune?

O sistema imune foi criado pela natureza para nos proteger de infecções sendo formado por uma rede de órgão, tecidos e células especializadas em nossa defesa. Estas células chamadas linfócitos produzem uma proteína chamada anticorpo, um verdadeiro "míssil" que persegue e atinge o agente invasor ligando-se a ele e defendendo a integridade do nosso organismo.
Normalmente os anticorpos são produzidos para dar proteção ao nosso corpo, porém nem sempre isto acontece. Algumas vezes ocorre um desequilíbrio, uma perda da regulação dos linfócitos, e o sistema imune ataca o próprio organismo promovendo uma inflamação que pode danificar vários órgãos.
As doenças nas quais o sistema imune promove lesões no próprio organismo chamam-se doenças auto-imunes como a artrite reumatóide, o lúpus, a esclerodermia, etc.

sábado, 2 de agosto de 2008

Acompanhamento...

As análises que a Claudia tem feito com frequência têm evoluído positivamente.
Infelizmente “apareceu” outra contrariedade. A Claudia vinha tendo dores nas pernas, dificuldades em subir/descer escadas, entrar para o carro, etc. A quando da visita ao ortopedista foi-lhe diagnosticado uma tendinite.
Após diagnóstico havia que despistar com uma ressonância.
Esteve este tempo à espera para fazer o respectivo exame.

Recebeu a carta do HGSA esta semana, vai amanhã(Domingo) efectuar o exame ressonância.


Vamos aguardar…